O plano de contingência para fazer faze à pandemia da Covid-19 nos estabelecimentos de ensino que integram o agrupamento de escolas de Mirandela foi para lá das recomendações da Direção-Geral da Saúde.

A afirmação é de Vítor Esteves, diretor daquele agrupamento de escolas proferida, ontem ao final da tarde, na reunião promovida pelo Município de Mirandela que teve a presença de representantes das autoridades de saúde pública, forças de segurança, professores, assistentes operacionais, associação de pais e encarregados de educação, presidentes de junta de freguesia e outras entidades para se fazer o ponto de situação sobre as medidas a implementar nas escolas e esclarecer algumas dúvidas a poucas horas do arranque do ano letivo.

Horários de entrada e saída desfasados; Disposição das salas para cumprir o distanciamento físico; Cada turma terá uma sala de aula fixa; intervalos de cinco minutos com os alunos a terem espaços delimitados no exterior; Refeitórios com mais espaço e maior duração para as refeições; Higienização periódica das salas de aula; Os bares não vão funcionar e o transporte de alunos em viaturas com uma lotação máxima de dois terços; são apenas algumas regras que vão ser implementadas neste ano lectivo atípico.

“Está tudo bem afinado até porque fomos para além das orientações da DGS, nomeadamente na questão do distanciamento. Ouvimos na comunicação social, vários diretores de agrupamentos dizer que não vai ser possível a distância de um metro, mas nós com a disposição do mobiliário que estamos a colocar esse distanciamento estará garantido, para além de toda a logística que preparamos ao longo dos últimos tempos”, adianta Vítor Esteves.

O diretor do AEM lembra que terá de haver um esforço de todos para que tudo corra bem. “É fundamental que cada um desenvolva o seu papel e a consciência de como o deve desenvolver para não prejudicar o próximo”, sustenta.

O vereador da educação do Município de Mirandela diz que “o trabalho de casa está feito”, mas que o plano “não é fechado em si mesmo” podendo haver a introdução de outras práticas que se considerem importantes. Orlando Pires sublinha a importância de “haver a consciencialização de que todos têm de estar de corpo e alma neste processo”.

A presidente da direção da associação de pais e encarregados de educação do agrupamento admite que “existe muita preocupação e ansiedade”, mas Sofia Cardoso deixa um apelo para que os pais tenham um papel ativo e muito rigoroso junto dos seus filhos para lhes incutir a ideia de que é fundamental cumprir com as boas práticas neste tempo de pandemia.

Sofia Cardoso não esconde que esperava um maior envolvimento da associação nas decisões da direção do agrupamento e da autarquia. “O que quis dizer foi que ao longo deste processo fomos emitindo informações e preocupações dos pais, mas queremos estar mais envolvidos nas tomadas de decisão para colaborarmos cada vez mais com o agrupamento e com a autarquia em tudo o que diga respeito ao bem-estar e à segurança dos nossos filhos”.

É já esta quinta-feira, que começam as aulas presenciais para os cerca de 2100 alunos de todos os anos de escolaridade que vão frequentar os estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas de Mirandela.

Jornalista: Fernando Pires

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