A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste deu início este mês à retoma do Rastreio de Saúde Visual Infantil nos Centros de Saúde, uma medida “importante” de intervenção para a deteção de eventuais disfunções visuais, disse aquela entidade em comunicado.

O objetivo do “Rastreio de Saúde Visual Infantil” é identificar todas as crianças com alterações oftalmológicas capazes de provocar ambliopia, uma disfunção visual mais conhecida como “olho preguiçoso”, que consiste na diminuição da acuidade visual de um ou dos dois olhos devido a problemas no desenvolvimento da visão durante a primeira infância.

Através do rastreio é feita uma “avaliação de todas as crianças inscritas nos Centros de Saúde no semestre em que completam dois anos de idade e, num segundo momento, são avaliadas as crianças no semestre em que completam quatro anos de idade”.

O exame, realizado por um enfermeiro, “consiste num procedimento simples e rápido de foto–rastreio, que usa um estímulo luminoso associado a um estímulo sonoro capaz de captar a atenção da criança, possibilitando assim determinar, simultaneamente, se há erro refrativo e o alinhamento ocular.”

Os exames são lidos por um médico especialista em Oftalmologia, sendo que,” em caso de necessidade de observação e/ou de tratamento, a criança é encaminhada para consulta nos Serviços Hospitalares da ULS do Nordeste”, acrescenta a ULS do Nordeste.

Após a formação inicial realizada para enfermeiros, tendo em vista a atualização de conhecimentos no âmbito da realização do rastreio e do manuseamento dos equipamentos, foi retomado o programa de avaliação visual nos Centros de Saúde do distrito de Bragança, tendo iniciado no Centro de Saúde de Mirandela I e continuando, ao longo do mês, nos restantes Centros de Saúde, anunciou a ULS do Nordeste em comunicado.

Integrado no Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, o rastreio é monitorizado e avaliado através da ARS Norte e acompanhado pela Direção-Geral da Saúde.

Este programa de intervenção é “mais uma importante iniciativa desenvolvida pela ULS do Nordeste, no âmbito da articulação entre Cuidados de Saúde Primários e Hospitalares, que contribui para a melhoria contínua dos cuidados de saúde prestados à população, numa ótica de proximidade, traduzindo-se em relevantes ganhos em saúde para a comunidade”.

O projeto teve início em 2018 na ULS do Nordeste, tendo sido rastreadas a totalidade das crianças que reuniam condições para realizar o rastreio, num total de 600 crianças, até à sua interrupção na sequência da pandemia de COVID-19.

A ULS do Nordeste está entre as quatro entidades de saúde da área de abrangência da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte que rastrearam todas as crianças elegíveis no âmbito do rastreio.

Por: Sara Oliveira

Artigo editado por Sara Teixeira (jornalista)

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