De acordo com um plano de treinos, 75 idosos entraram num ginásio virtual a partir da televisão da sala, para uma aula de exercício físico ou para uma sessão com o personal trainer. Cada plano é personalizado e monitorizado pelo ecossistema digital ‘VR2Care’.

O projeto envoveu 75 participantes com mais de 65 anos e o seu ‘ginásio virtual’ foi desenvolvido no HCILab@UTAD, uma infraestrutura de investigação localizada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Implementado em Portugal, Áustria, Itália e Países Baixos, o projeto ‘VR2Care’ introduziu um sistema de realidade virtual, multiutilizador e síncrono para “promover a atividade física e o exercício, potenciando dinâmicas de socialização na população mais velha”, explica a academia.

Através de um pequeno homekit e uma câmara, os idosos frequentaram as sessões de exercício físico sem perder os momentos de convívio com os colegas de ginásio.

“As experiências imersivas com vários utilizadores têm provado ser uma oportunidade para melhorar resultados em matéria de saúde e de qualidade de vida, em ambientes de cuidados de saúde inteligentes”, refere Hugo Paredes, docente da UTAD e investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).

Coordenado INESC TEC, este projeto permitiu substituir o paradigma ‘doente/utilizador e a aplicação’ por experiências de entretenimento com base em gamificação, ou seja, utilizando técnicas e dinâmicas de jogos para motivar e ensinar as pessoas de forma lúdica.

“As sessões de exercício foram sempre muito animadas, principalmente quando realizadas na sala de convívio. Os exergames (termo usado para designar jogos em que existe tecnologia para rastrear o movimento ou a reação do corpo) incluídos no VR2Care revelaram um enorme potencial de socialização quando utilizados em ambientes que proporcionam o convívio entre os participantes”, salienta o investigador.

Financiado em 2,2 milhões de euros pelo programa H2020, da Comissão Europeia, o projeto VR2Care conseguiu facilitar o aparecimento de novos modelos de negócio capazes de criar ecossistemas para dar resposta à atividade e à reabilitação físicas praticadas em casa, na Europa.

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