Augusto Fontes, um mirandelense de 42 anos, foi indicado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, na modalidade de Skyrunning, para a nomeação de Treinador do ano 2019, uma das cinco categorias que a Confederação do Desporto de Portugal (CDP) vai distinguir na 24ª Gala do desporto, agendada para o dia 29 de janeiro, no Casino Estoril, cujos finalistas são anunciados 15 dias antes.
Anualmente, a CDP organiza a cerimónia dos “Óscares do Desporto Português”, não apenas para celebrar com os atletas e dirigentes desportivos as suas conquistas, mas também para distinguir os melhores desportistas da época finda, nas categorias de atleta masculino, atleta feminino, equipa, treinador e jovem promessa.
“Não estava nada à espera deste reconhecimento a nível nacional, por parte da federação, e para mim já é uma vitória, porque é natural que não chegue a integrar os finalistas, já que o futebol e outras modalidades têm maior visibilidade que o skyrunning”, diz Augusto Fontes.
Atualmente a residir na Madeira, o professor de educação física e treinador de atletismo do Grupo Desportivo do Estreito, tem levado ao longo de vários anos diversos atletas a representar a Seleção Regional da Madeira, em Olímpicos Jovens Nacionais e Corta-matos Nacionais e na 1ª divisão Nacional de Clubes em pista coberta e ao ar livre.
Recentemente, aceitou o desafio lançado pela Federação de Campismo e Montanhismo para ser treinador de Skyrunning, uma atividade de corrida pedestre essencialmente na montanha, com percursos que apresentam um elevado desnível positivo, secções técnicas e inclinações acentuadas, podendo utilizar caminhos, trilhos, rochas ou até neve. “É ainda mais duro que o trail com desníveis muito acentuados e mais do que ter capacidade física é essencial a parte psicológica”, conta Augusto.
O mirandelense não esconde que a sua principal paixão é o atletismo e confessa que gostaria de ter na sua terra natal, mais equipamentos desportivos para desenvolver essa modalidade. “A verdade é que Mirandela nunca teve uma pista e quando era mais novo as pistas mais próximas eram a de Valpaços e Vila Flor. Penso que faz falta uma pista coberta até para que a modalidade possa vir a ter mais atletas e representar o distrito de Bragança em competições como por exemplo o Olímpico Jovem”, sugere Augusto Fontes que diz estar satisfeito com o facto de já haver muita gente que corre em Mirandela. “Sei que há muitas pessoas a levantarem-se às seis da manhã para correr ou caminhar. Fico muito contente por isso”, conta.
Jornalista: Fernando Pires
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