O projeto “Futuros Partilhados”, da Associação Palombar- Conservação da Natureza e do património rural propõe uma nova forma de contar histórias sobre a natureza, inspiradas na tradição do Nordeste Transmontano. O projeto que é inovador e multidisciplinar, une a arte e a conservação natural, de forma a recriar narrativas sobre a relação entre os seres humanos e a vida animal. Um dos objetivos é promover uma visão mais equilibrada e inclusiva da biodiversidade, tendo como protagonistas os animais selvagens.

Desenvolvido em parceria com a Câmara Municipal de Miranda do Douro, a Santa Casa da Misericórdia e Agrupamento de Escolas deste município, o projeto é coordenado artisticamente por Nuno Preto e Gonçalo Mota, contando ainda com outros artistas convidados de diferentes áreas. A iniciativa é financiada pelo programa PARTIS & ART FOR CHANGE da Fundação Calouste Gulbenkian, BPI e Fundação “la Caixa”. A fase piloto já arrancou e o projeto poderá estender-se até 2027.

O modelo aposta na participação ativa da comunidade. A colaboração une jovens e idosos que contribuem para a reconstrução de histórias , fortalecendo laços intergeracionais e uma proximidade com a natureza. A aposta será implementada por meio da produção de publicações de áudio, vídeo e texto numa plataforma digital, criação teatral e cinema ambiental, com o propósito de mostrar que os seres humanos e natureza devem construir futuros partilhados, onde há uma coexistência sustentável. Além de visar a valorização das tradições locais, o projeto tem como missão criar um futuro mais sustentável na região do Parque do Douro Internacional. A intenção de capacitar jovens e empoderar comunidades, cria espaços de diálogo numa região marcada pelo isolamento.

Com esta abordagem, o projeto “Futuros Partilhados” procura promover um futuro mais consciente e um vínculo entre diferentes gerações.

Jornalista: Micaela Costa

Foto: Palombar

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