Protesto aconteceu em cerca de 400 localidades do país, em simultâneo com a vigília que teve lugar em Bruxelas.
Algumas dezenas de pessoas, maioritariamente professores, juntaram-se ontem à noite em frente à escola secundária de Mirandela em vigília por melhores condições na educação.
Um protesto que aconteceu, às 19h30, em cerca de 400 localidades do país, em simultâneo com a vigília que teve lugar em Bruxelas, onde estão mais de 100 profissionais da educação à procura de respostas para o setor. “Estamos a apoiar os que foram ao Parlamento Europeu, porque sabemos que neste momento Portugal já não tem aquela independência económica e política que devia ter e também estamos a pedir a Bruxelas, que designa as regras da Europa, que, atualmente, precisamos que haja uma atenção muito especial para o nosso país, sobretudo para as desigualdades que estão a acontecer entre Portugal Continental e as Ilhas onde os profissionais de educação têm valores diferentes de remuneração”, refere Rui Feliciano.
O dirigente do STOP (Sindicato de Todos os Profissionais de Educação) admite que os professores “estão cansados mas não vão desistir de lutar pelos seus direitos”, garante Rui Feliciano que deixa duras críticas à atuação do titular da pasta da educação. “O senhor ministro continua a brincar ao jogo do gato e do rato quando apresenta propostas que são completamente absurdas, porque uma negociação séria não se pode fazer de 15 em 15 dias. Estamos nesta luta há 4 meses e não vamos baixar os braços, porque estamos a passar uma situação muito complicada, com a inflação a absorver os ordenados, não estamos a ser recuperados em termos de tempo de serviço, a escola está com problemas graves ao nível da burocracia, da falta de respeito e nós queremos uma escola digna para o futuro dos portugueses”, adianta.
O dirigente do STOP avisa que as greves vão continuar”. “O STOP manteve a greve em plenário nacional e vamos fazer uma ação concertada a nível nacional com as avaliações e não é para prejudicar ninguém porque as avaliações são feitas, mas queremos garantir que também é mais um marco de força e de manifestação da nossa indignação para com o Ministério da Educação”, conclui.
Jornalista: Fernando Pires