O Primeiro-Ministro garante que a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) não vai sair de Mirandela, nem tão pouco os serviços e os funcionários vão ser deslocalizados.

Isso mesmo, adiantou António Costa, aos jornalistas, no final da reunião da Comissão Nacional do PS, no passado sábado, em Coimbra. “Convém não termos aqui fantasmas. Não se trata nem de encerrar serviços, nem despedir pessoas, nem de deslocalizar serviços. Os serviços vão com certeza ficar onde estão, pelo que a ideia que se tiram centenas de pessoas de Mirandela para as colocar no Porto, obviamente, não passa pela cabeça de ninguém porque o que é fundamental é que aquilo que se faz em Mirandela para toda a agricultura da Região Norte deixe de ser telecomandado a partir de Lisboa e passe a ser integrado em toda a estratégia de desenvolvimento regional que é dirigida e concebida na CCDRN”, adiantou Costa em declarações à RTP 3.

O Primeiro-Ministro lembrou ainda que a CCDRN “deixou de ser escolhida pelo Governo com o presidente o vice-presidente a serem eleitos por todos os autarcas da região, por isso, os autarcas é que são verdadeiramente os donos do poder que controla a CCDRN e deixa de ser o Governo”.

Declarações de António Costa, deixando a garantia que a DRAPN não vai sair de Mirandela e que os serviços e os funcionários também não vão ser deslocalizados.

Segundo o Primeiro-Ministro, que vai acontecer é que toda a estratégia de desenvolvimento da agricultura na Região Norte passa a ser gerida pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte.

Já na semana passada, Sobrinho Teixeira disse não acreditar no esvaziamento de funções da DRAPN nem que a sede venha a ser retirada de Mirandela. 

O deputado do PS na Assembleia da República, eleito pelo distrito de Bragança, garante que se tal situação estiver prevista, será uma voz discordante.

Ainda sobre este assunto, a Confederação dos Agricultores Portugueses anunciou, em comunicado, uma série de protestos na rua, contra a possível extinção das Direções Regionais de Agricultura (DRA) e sua integração nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). A primeira ação decorrerá em Mirandela, a 26 de janeiro.

Jornalista: Fernando Pires

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