Mais de 40 funcionários da entidade gestora da saúde no distrito de Bragança também foram vacinados indevidamente. Carlos Vaz alega que teve “orientações ministeriais”.

Depois de autarcas, dirigentes de lares, funcionários da segurança social e do INEM terem estado no centro dos vários casos de vacinação indevida denunciados em vários pontos do país, e alguns deles até alvo de investigação do Ministério Público, agora surge outro caso, desta vez na administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste.

Carlos Vaz, o presidente da administração da entidade que gere os hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela, bem como os 14 centros de saúde do distrito de Bragança, já recebeu as duas doses de vacina contra o SARS-CoV-2, a primeira a 7 de janeiro e a segunda a 28 de janeiro, apesar de os administradores hospitalares não constarem no primeiro grupo de prioritários.

Confrontado, Carlos Vaz não só confirma que já foi vacinado, mas também todos os restantes membros do conselho de administração e funcionários. “Já fui vacinado e não houve nenhuma vacina indevida, seguimos rigorosamente as orientações ministeriais. Os prioritários foram todos vacinados e depois foram os funcionários, e a administração, todos em última linha, após os prioritários”, refere.

Refira-se que os membros do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste e mais cerca de quatro dezenas de funcionários trabalham num edifício da Praça Cavaleiro Ferreira, em Bragança, fora do contexto hospitalar.

Em comunicado, a administração acrescenta que há uma “gestão rigorosa e transparente das vacinas contra a Covid-19” e que “evita o desperdício atendendo aos prazos estipulados para a administração das mesmas”.

Jornalista: Fernando Pires

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