A vespa velutina, vulgarmente conhecida por vespa-asiática, tem-se revelado uma espécie invasora com um caráter muito agressivo e desde a sua introdução acidental em Portugal, no ano de 2011, tem vindo a espalhar-se gradualmente pelo território. A Câmara Municipal de Vinhais, não está alheia a esta realidade e tem vindo a aplicar um conjunto de medidas que pretendem minimizar o impacto da presença desta espécie.
No ano de 2023, através do Gabinete de Proteção Civil e Florestal do município, foram destruídos cerca de 70 ninhos e em colaboração com a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) foram distribuídas mais de 200 armadilhas e respetivo atrativo pelos apicultores do concelho, armadilhas estas que podem ser reutilizadas e com as quais se pretende capturar vespas fundadoras, diminuindo substancialmente a incidência de novos ninhos.
Esta distribuição de armadilhas aos apicultores foi feita no âmbito do “Plano Estratégico de Gestão Integrada da Vespa velutina para o Território das Terras de Trás-os-Montes”, projeto financiado pelo POSEUR, Portugal 2020, que terminou em junho de 2023.
Numa lógica de continuidade e por saber tratar-se de uma questão sensível, não só a nível económico, como também a nível social, em 2024, a Câmara Municipal de Vinhais, novamente com o apoio da CIM-TTM, instalou e procederá à monitorização de 24 armadilhas, distribuídas estrategicamente por vários pontos do concelho, com os objetivos de garantir a segurança da população, proteger o efetivo apícola e minimizar os impactos no sector agrícola.
Os dados resultantes dessa monitorização serão carregados na Plataforma GeoVespa, aplicação que reúne dados de todo o território da CIM-TTM, de forma a analisar padrões de evolução e de distribuição desta espécie invasora no território.
A Câmara Municipal de Vinhais pretende sensibilizar a população para o facto de a vespa velutina não ser mais agressiva do que as espécies europeias, podendo reagir de forma agressiva se os seus ninhos forem ameaçados. A deteção ou suspeita de ninhos deve ser comunicada à Câmara Municipal (Gabinete de Proteção Civil e Florestal), de forma a esta proceder à identificação e posterior destruição dos mesmos, com a maior brevidade possível.
Jornalista: Lara Torrado