Depois de cinco anos de construção, e um investimento de seis milhões de euros, o Mosteiro Trapista de Santa Mãe da Igreja é já uma realidade. Inaugurado na passada quarta-feira, 22 de outubro, esta empreitada transforma-se num marco espiritual e turístico, unindo tradição e modernidade.

O Mosteiro Trapista de Santa Mãe da Igreja, situado em Palaçoulo, Miranda do Douro, foi oficialmente inaugurado na última quarta-feira, marcando o início de uma nova era de espiritualidade e turismo na região.

Após cinco anos de construção e um investimento de seis milhões de euros, este complexo religioso, inspirado no design clássico dos mosteiros cistercienses, destaca-se pela sua planta quadrada e um claustro central, situado no ermo do Alarcão, a apenas três quilómetros da aldeia de Palaçoulo.

Fundado por dez monjas italianas da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Trapista) de Vitorchiano, Itália, e apoiado por três religiosas portuguesas — uma noviça e duas postulantes —, o mosteiro tem capacidade para acolher até 40 monjas. Dedicada à vida contemplativa segundo a Regra de São Bento, a nova instituição não só oferece um refúgio de espiritualidade e oração, mas também surge como uma significativa oportunidade de desenvolvimento para o concelho de Miranda do Douro.

O empreendimento insere-se numa área de 30 hectares, com terrenos cedidos ou adquiridos pela Paróquia de São Miguel de Palaçoulo. Além de enriquecer a paisagem local, a construção inclui novos acessos, como uma estrada asfaltada que melhora a acessibilidade para os visitantes.

Com o funcionamento do mosteiro, a antiga casa de acolhimento das monjas está agora disponível para receber turistas, estabelecendo-se como uma nova âncora para o turismo religioso na região. Esta transformação não apenas reforça o potencial de Palaçoulo como um destino de fé e contemplação, mas também amplia as oportunidades para o desenvolvimento económico local.

Helena Barril, presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, ressalta o impacto positivo deste projeto: “Este é um investimento enorme para o concelho, que trará um impulso tanto económico como social. Acredito que o mosteiro irá atrair um número crescente de visitantes, tanto religiosos quanto turistas, aumentando o dinamismo da nossa região.”

Com o Mosteiro Trapista de Santa Mãe da Igreja, Miranda do Douro estabelece-se como um novo centro de espiritualidade em Portugal, ao mesmo tempo que fortalece o seu tecido social e económico, promovendo o turismo religioso e a valorização da tradição monástica.

Jornalista: Lara Torrado

Fotos: Agência Ecclesia/CB

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