O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e o Ministro da Defesa Nacional, por proposta do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, nomeou o Coronel Paulo Guedes Vaz, natural de Mirandela, para Adido de Defesa junto da Embaixada de Portugal em Luanda, República de Angola.

O Coronel iniciou, formalmente, funções no mês de março, num país onde já esteve em missão durante dois anos e ao qual regressa com fortes expetativas para representar Portugal.

“Era uma aspiração que já tinha há muitos anos, tendo em conta que já tinha estado em Angola, entre 2003 e 2005, na altura como assessor do Adido de Defesa, o General Mendonça da Luz, e ficou-me sempre uma recordação excecional e uma ambição de poder, posteriormente, vir a desempenhar estas funções. Estive na Madeira durante quatro anos, levantou-se esta possibilidade e como é um trabalho aliciante, perante as possibilidades que me colocaram optei por Angola”, sustenta.

Mas afinal, quais as funções de um Adido de Defesa? Paulo Guedes Vaz esclarece: “a principal função é aconselhar o embaixador a desenvolver todo um conjunto de ações no sentido de potenciar os interesses portugueses nos países onde existem embaixadas e informar o Governo sobre eventual evolução na área da política militar e de segurança do país anfitrião, bem como mediar contactos com a indústria de armamento, sem esquecer o envolvimento em ações no âmbito da diplomacia económica”, explica.

Os Adidos de Defesa têm estatuto diplomático, condição que lhes confere imunidade diplomática, de acordo com o estabelecido na Convenção de Viena de 1961.

A seleção dos Militares para funções de Adido de Defesa assenta num conjunto de requisitos que se prendem não só com a experiência em funções semelhantes, mas fundamentalmente com conhecimentos sobre o país de destino, bem como com um conjunto de características pessoais dos quais se destaca a sociabilidade, a vocação para a diplomacia e para as relações interpessoais, o bom senso, um elevado sentido das responsabilidades e uma conduta exemplar.

O Coronel Paulo Guedes Vaz, para além de Adido de Defesa residente junto à Embaixada de Portugal em Luanda, vai assumir ainda funções como Adido de Defesa não-residente junto às Embaixadas de Portugal de Brazzaville, na República do Congo, em Kinshasa, na República Democrática do Congo, e em Windhoek, na República da Namíbia.

A comissão de serviço termina em 2024 e para o futuro, a curto médio prazo, Paulo Guedes Vaz confessa que ambiciona regressar à sua terra Natal. “Mirandela sempre esteve nos meus horizontes, continuei sempre a ter uma forte ligação à cidade e as gentes de Mirandela e independentemente de ter trabalhado em inúmeros locais do mundo sempre consegui ir duas, três ou quatro vezes à minha terra Natal para manter as amizades que sempre tive e que prezo imenso, pelo que a curto, médio prazo a minha intenção é regressar à cidade porque me viu nascer”, diz.

Carreira militar

Natural de Mirandela, Paulo Raul Chéu Guedes Vaz, tem 54 anos. O Coronel de Infantaria assumiu o Comando do Regimento de Guarnição N.º 3, em 2016, ano em que foi condecorado, pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, como Membro Honorário da Ordem do Mérito.

Em novembro de 2018, foi empossado como 2.º Comandante da Zona Militar da Madeira, tendo sido condecorado, em 2019, pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, com a Medalha de Mérito Militar.

O Coronel Paulo Guedes Vaz também chegou a integrar, entre 2007 e 2009, uma equipa da NATO que tinha como função o desenvolvimento de um sistema que permite, em situações de catástrofe, haver apoio de materiais, equipamentos e recursos humanos.

Jornalista: Fernando Pires
Foto: Forças Armadas

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