Os dados da incidência cumulativa por concelhos dos casos de Covid-19 divulgados pela Direção-Geral-de-Saúde e sobre os quais o Governo se baseou para definir os quatro escalões do mapa de risco foram extraídos entre os dias 6 e 19 de novembro.

A DGS já revelou na sua página os casos acumulados em todos os concelhos durante esses 14 dias.

Tal como já tinha acontecido na primeira análise dos concelhos em risco, no distrito de Bragança, o concelho de Freixo de Espada à Cinta voltou a ser o que registou o maior número de casos por 100 mil habitantes e continua no lote de concelhos com risco extremamente elevado de casos Covid-19.

De 28 de outubro a 12 de novembro tinha registado 1546 acumulados, agora, de 6 a 19 de novembro, teve 2335 casos acumulados, ou seja, nesses 14 dias registou 77 casos novos, mais 61 do patamar máximo para não entrar no risco elevado que obriga a maiores restrições.

Também Alfândega da Fé passou a integrar o grupo de concelhos de risco extremamente elevado, já que registou 967 casos por cem mil habitantes. Neste caso, teve 44 casos acumulados em 14 dias, quando para figurar no grupo de risco elevado não podia ultrapassar os 22. Ainda assim, com menos um caso não saltava para este grupo mais grave, ficava nos de risco muito elevado.

Passemos agora aos cinco concelhos do distrito que estão no grupo de risco muito elevado, mas que têm precisamente as mesmas restrições dos concelhos de risco extremamente elevado, com destaque para o recolher obrigatório nos próximos dois fins-de semana e feriados de 1 e 8 de dezembro, a partir das 13,00 horas.

Mirandela teve, em 14 dias, 501 casos por cem mil habitantes, o que equivale a dizer que registou 109 casos acumulados, apenas mais 4 do que o patamar máximo neste escalão, sendo mesmo o concelho que ficou mais próximo de não entrar nos de risco muito elevado.

Torre de Moncorvo teve 50 casos novos em 14 dias, ultrapassando em 13 casos o limite máximo do escalão inferior. Mogadouro teve 58 casos quando só podia ter, no máximo, 41 para não ficar neste escalão.

Macedo de Cavaleiros registou um acumulado de 723 casos por cem mil habitantes, ou seja, teve 105 casos em 14 dias, quando o teto máximo para não ficar com as restrições mais pesadas era de 70 casos.

Finalmente, o concelho de Bragança também figura no grupo de risco muito elevado porque registou 191 casos entre 6 e 19 de novembro, mais 29 casos do que o número máximo permitido para não saltar para este escalão.

Quanto aos três concelhos do distrito que estão considerados de risco elevado e que não têm de cumprir o recolher obrigatório aos fins-de-semana, mas apenas durante a semana, Vimioso passou a integrar este lote porque registou 16 casos, mais 6 do que o teto máximo para continuar no grupo de risco moderado e sem grandes restrições.

Já Vinhais teve 28 casos em 14 dias. Com menos 9 casos ficaria de fora do mapa de risco elevado.

Miranda do Douro teve 28 casos em 14 dias, menos 5 do que o máximo permitido para ficar no grupo de risco muito elevado e mais 11 do que o patamar máximo do grupo de risco moderado.

Finalmente, os dois concelhos que saíram do mapa de risco, Carrazeda de Ansiães teve em 14 dias, 13 casos acumulados, apenas menos um do que o máximo permitido e com isso ficou no grupo dos concelhos que têm menos restrições, nem sequer têm recolher obrigatório durante a semana.

Já Vila Flor está neste grupo porque só registou 10 casos, menos 5 do que o máximo.

Jornalista: Fernando Pires

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