NO DISTRITO DE BRAGANÇA SÓ MIRANDA E VIMIOSO SUBIRAM DE ESCALÃO. PASSARAM DE RISCO “ELEVADO” PARA “MUITO ELEVADO”.

Vimioso e Miranda do Douro foram os dois concelhos do distrito de Bragança que subiram para um escalão de risco superior de contágio da Covid-19, face à anterior avaliação do mapa de risco por parte do Governo e que serviu de base para a aplicação de medidas em função dos escalões de risco.

O concelho de Freixo de Espada a Cinta é mesmo o que regista o maior número de infeções com o novo coronavírus por 100 mil habitantes, com 3.153 casos. O que na prática se traduz em 105 casos.

É o que revelam os dados da Direção-Geral de Saúde (DGS) sobre a incidência da pandemia por concelho no período de 12 a 25 de novembro. De resto, no distrito tudo se mantém igual, restando saber se é sobre estes dados que o Conselho de Ministros do final desta semana vai aplicar as medidas.

Convém referir que esta incidência cumulativa da pandemia incide no período de 14 dias, entre 12 e 25 de novembro, quando a anterior avaliação do Governo incidiu no período de 6 a 19 de novembro, o que equivale a dizer que nesta contagem ainda estão incluídos 8 dias da anterior contagem.

Recorde-se que o Executivo definiu que os concelhos com menos de 240 casos por 100.000 habitantes têm risco “moderado” com poucas restrições, onde nem sequer é imposto o recolher obrigatório durante a semana. 

Neste patamar continuam dois concelhos do distrito de Bragança: Vila Flor e Carrazeda de Ansiães, ambos não chegaram ao limite máximo. Vila Flor registou 12 casos novos de infeção, quendo o teto máximo é de 15, enquanto Carrazeda de Ansiães ficou-se pelos 9 casos, menos 5 do que o máximo para continuar neste escalão.

A seguir estão os concelhos com mais de 240 e até 480 casos por 100.000 habitantes que são considerados de risco “elevado”, onde apenas é imposto o recolher obrigatório durante a semana, e aqui há apenas um concelho do distrito de Bragança. Vinhais teve entre 12 e 25 de novembro, 27 casos novos.

Já os concelhos com mais de 480 novos casos e até 960 casos encontram-se em risco “muito elevado” e os concelhos com mais de 960 casos por 100.000 habitantes têm risco “extremamente elevado”. Em ambos, é imposto o recolher obrigatório aos fins-de-semana.

Nos de risco muito elevado, há agora mais dois concelhos do distrito. Miranda do Douro e Vimioso que estavam no escalão de risco elevado. Miranda do Douro teve um total de 49 casos, mais 15 do que o permitido para não subir de escalão. Já Vimioso teve 28 casos em 14 dias, mais 8 do que o teto máximo para não subir de escalão.

Os restantes concelhos mantêm os mesmos escalões. Nos de muito elevado continuam Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro e Torre de Moncorvo. O concelho brigantino teve 264 casos, mais 103 do que o escalão inferior. Macedo de Cavaleiros registou 138 casos, apenas a 2 de subir para o escalão de risco extremo. Mirandela teve 118, mais 13 do que o permitido para ficar no escalão inferior. 

Torre de Moncorvo registou 48 novos casos, mais 10 que o máximo do escalão inferior e Mogadouro ficou-se pelos 44 casos, apenas mais 2 do que o limite máximo do escalão de risco elevado.

Na linha vermelha, continuam os concelhos de Freixo de Espada à Cinta e Alfândega da Fé, com este último a ser mesmo o mais grave de Portugal, segundo este critério. Freixo teve em 14 dias 105 casos, quando o máximo que podia registar para não estar neste escalão era de 32 casos novos. Já Alfândega da Fé registou apenas mais um caso do que o patamar máximo do anterior escalão. Teve 45.

De acordo com a DGS, a incidência cumulativa corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada, por concelho, a 31 de dezembro de 2019, pelo Instituto Nacional de Estatística.

Jornalista: Fernando Pires 

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