Está “para breve” a implementação do plano de mobilidade do Tua. A garantia foi deixada, na passada quarta-feira, pela Ministra da Coesão Territorial, durante a visita ao concelho de Mirandela, quando confrontada pelos jornalistas sobre a morosidade deste processo que é uma das contrapartidas da construção da Barragem de Foz-Tua.

Há dois meses que já foram concluídas as obras de estabilização dos taludes e reabilitação da linha ferroviária do Tua, entre Brunheda e Mirandela, no valor de 5,6 milhões de euros e que eram consideradas fundamentais para a implementação do plano de mobilidade do Vale do Tua.

Falta agora a luz verde das entidades responsáveis pelo licenciamento da circulação na linha férrea. Ana Abrunhosa diz agora que acredita que até ao final do ano, a situação esteja desbloqueada. “O que fiz foi falar com os vários ministérios que estão envolvidos neste projeto e teremos uma solução para breve, mas não gostaria de entrar em pormenores. Gostaríamos muito que ainda fosse uma realidade este ano”, afirmou a governante.

A titular da pasta da Coesão Territorial diz mesmo que a implementação do plano de mobilidade do Tua “é absolutamente vital para este território e hoje ganha relevo ainda maior quando percebemos que no contexto da pandemia, este território, ganhou uma centralidade nova e temos de ter modos suaves para nos deslocarmos, pelo que esse meio de transporte é vital”, sublinhou.

Quando o plano estiver no terreno, a mobilidade quotidiana será feita com transporte rodoviário onde não há linha, nomeadamente entre o Tua e a Brunheda, e com as antigas carruagens do metro de Mirandela no troço reativado, entre a Brunheda e Mirandela.

No mesmo percurso de 30 quilómetros circulará o comboio turístico, enquanto na nova albufeira que submergiu quase 20 quilómetros de ferrovia, navegarão barcos turísticos.

Jornalista: Fernando Pires

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