O Jornal de Noticias adianta, este domingo, que o Ministério Público (MP) “requereu prisão preventiva e prisão domiciliária, respetivamente, para a diretora e uma analista do Laboratório Regional de Trás-os-Montes”, sediado no complexo do Cachão, em Mirandela, entidade que está no epicentro da Operação Gota d’Água. Em causa está a falsificação e adulteração de centenas de análises de águas, incluindo para consumo humano.

Ainda segundo o mesmo jornal, para os restantes outros 17 arguidos detidos pela Polícia Judiciária de Vila Real, na quarta-feira, entre eles o vereador do Município de Vila Flor e três funcionários das autarquias de Mirandela, Vila Flor e Alfândega da Fé,  “foram pedidas medidas de coação de proibição de contactos, suspensão das funções e proibição de frequentar instalações ligadas ao controlo da qualidade de água para consumo e de águas residuais”.

O Juízo de Instrução Criminal do Porto já libertou aqueles 17 arguidos, na passada sexta-feira e amanhã vai anunciar as medidas de coação de todos os 19 detidos.

O Jornal de Notícias acrescenta que, para o MP, há “um claro perigo de continuação da atividade criminosa por parte de todos os arguidos”, pois há anos que desenvolvem esta prática, mostrando “despreocupação” com as consequências para a população. Agora que o processo é do conhecimento dos arguidos, há também o “sério risco de perturbação do inquérito e perigo para a conservação da prova” e o condicionamento de depoimentos de testemunhas fundamentais.

O JN cita o MP, dizendo que a arguida Toniette da Cruz usaria a sua qualidade de diretora do laboratório para “forçar, obter e obrigar os outros membros” no sentido pretendido, intervindo em todo o processo criminoso. 

Quanto à analista Teresa Teixeira, o JN refere que para o MP todas as amostras passavam por si, dando o destino final de cumprimento a todas conforme o desejo e as ordens de Toniette da Cruz.

Jornalista: Fernando Pires 

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