Anunciada a 9 de outubro, um dia antes de ser entregue a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (10 de outubro), a Frente Comum convocou uma greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública. Em Bragança a adesão ronda os 90%, sendo que são vários os estabelecimentos do distrito que se encontram de portas fechadas.

São vários os sectores influenciados pela greve, nomeadamente escolas, autarquias, segurança social, hospitais e centros de saúde.

A greve desta sexta-feira deixou vários estabelecimentos, com destaque especial para as escolas, sem funcionários que conseguissem assegurar o serviço.

A paralisação teve o seu começou às 0 horas desta sexta-feira, no entanto, nos regimes de turnos noturnos começou às 20 horas de quinta-feira.

O líder da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses fala numa “insatisfação generalizada dos trabalhadores da administração pública em relação aos aumentos salariais para o próximo ano”, avança o Público, sendo que a proposta “não satisfez nenhum trabalhador”.

Em causa está o aumento mínimo de 3% para a generalidade dos funcionários públicos e a base salarial do Estado subirá 6,8% para os 821,83 euros brutos mensais. Ainda assim, o Governo decidiu aumentar o valor pago pelo trabalho suplementar e acabar com os cortes nas ajudas de custo.

No entanto, estas propostas ficaram aquém das reivindicações da Frente Comum, que pede um aumento salarial não inferior a 15%, que corresponde, no mínimo, a 150 euros. Outras solicitações é a subida do salário mínimo para 920 já em janeiro de 2024 e do subsídio de refeição para 10,5 euros.

Jornalista: Lara Torrado

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