O Governo oficializou o financiamento da nova Estrutura de Missão para a Promoção da Língua Mirandesa, com uma verba anual até 500 mil euros e sede em Miranda do Douro. O organismo vai implementar um plano de ações para garantir o futuro da segunda língua oficial de Portugal.

Depois da criação da estrutura de missão, o Conselho de Ministros aprovou agora a Resolução n.º 66/2025, que formaliza o funcionamento e o financiamento da Estrutura de Missão para a Promoção da Língua Mirandesa (EMPLM). 

Com sede na Casa dos Magistrados, em Miranda do Douro, a nova entidade passa a contar com um orçamento de até 500 mil euros por ano, garantindo recursos para a preservação e promoção do mirandês até, pelo menos, 2029.

Além da promoção da língua nas escolas e na comunidade, o plano prevê também a criação de uma Bolsa de Professores de Língua Mirandesa, a certificação de competências linguísticas, a produção de conteúdos audiovisuais e literários em mirandês, e a dinamização de projetos-piloto para o ensino a adultos.

A direção da EMPLM será composta por um comissário e dois subcomissários, sob tutela do Ministério da Cultura, e contará com o apoio de um conselho consultivo com representantes de várias entidades académicas e culturais. A medida visa reforçar a salvaguarda do mirandês, considerado um património cultural ameaçado e com risco de extinção nas próximas décadas.

O Governo garante assim meios financeiros e operacionais para executar um plano estratégico de preservação da segunda língua oficial de Portugal, reconhecida desde 1999.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: Canal N / Arquivo

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