A falta de médicos volta a causar o encerramento do Serviço de Urgência Básico (SUB) de Vila Nova de Foz Côa, tendo deixado a população sem acesso direto ao atendimento de urgência. Em resposta, a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda garantiu que todos os utentes iriam ser redirecionados para outras unidades de saúde próximas.

Desde as 8h00 de segunda-feira até às 8h00 desta terça-feira, o Serviço de Urgência Básico (SUB) de Vila Nova de Foz Côa encontrou-se encerrado devido à ausência inesperada de um dos médicos escalados para o turno. Segundo o diretor clínico da ULS da Guarda, Nuno Sousa, a falta de pessoal médico impossibilitou a substituição em tempo útil, levando à necessidade de encerrar temporariamente o SUB.

“O SUB de Vila Nova de Foz Côa requer a presença de dois médicos para assegurar o atendimento. Infelizmente, com a ausência inesperada de um dos profissionais e a dificuldade em encontrar um substituto imediato, não tivemos outra opção senão suspender os serviços temporariamente”, informou Nuno Sousa em declarações à agência LUSA. A administração da ULS da Guarda envidou esforços para que o serviço pudesse ser retomado ainda durante a noite, de modo a minimizar o impacto na população.

Durante este período, a ULS da Guarda, em coordenação com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), organizou o encaminhamento dos utentes para unidades de saúde mais próximas. A medida visou garantir que, apesar do encerramento, todos possam receber o atendimento necessário. O SUB de Vila Nova de Foz Côa, que abrange também os concelhos de Torre de Moncorvo, Mêda e Figueira de Castelo Rodrigo, já foi forçado a encerrar por falta de médicos em julho e em agosto deste ano.

A situação reforça o alerta sobre a escassez de médicos que afeta várias regiões, especialmente as mais interiores, onde a cobertura de saúde é um desafio constante. Embora o SUB conte com uma Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do INEM, a ausência de um serviço de urgência próximo representa uma sobrecarga tanto para os utentes como para as unidades de saúde vizinhas.

O terceiro encerramento do SUB de Vila Nova de Foz Côa este ano evidencia a urgência de medidas mais robustas para assegurar a estabilidade do atendimento médico nas regiões do interior. Apesar do esforço das autoridades para contornar a falta de médicos, a população enfrenta o impacto direto desta situação e anseia por soluções definitivas que garantam um serviço de saúde contínuo e acessível.

Jornalista: Lara Torrado

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