Orlando Alves, antigo presidente de Montalegre, o ex-vice-presidente e um chefe de divisão foram acusados pelo Ministério Público de vários crimes económico-financeiros e de associação criminosa. De relembrar que os três arguidos foram detidos pela PJ em outubro do ano passado.
“No período temporal de 2014 a 2022, os arguidos, titulares de cargo político e funcionário, congeminaram um plano que executaram ao longo daquele período, liderando a estrutura criminosa e à qual os demais arguidos aderiram e, numa atuação conjunta, visando a satisfação dos interesses económicos dos próprios, das sociedades e demais arguidos” revelam informações prestadas pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto.
Segundo avança o JN, os três arguidos (ex-presidente, antigo autarca e o chefe de divisão) são suspeitos de conferirem, a familiares, amigos e pessoas próximas, “um tratamento privilegiado em sede de contratação pública, com violação sucessiva dos deveres públicos, das regras da contratação e despesa pública, em detrimento dos outros concorrentes e do interesse público”.
Orlando Alves e o antigo diretor do departamento de planeamento e gestão do território também são acusados de receber “quantias monetárias indevidas”. Sendo que, este primeiro, irá também responder de obtenção fraudulenta de subsídio do PRODER, que terá utilizado para remodelação da habitação pessoal, no valor de 167.195,47 euros.
De relembrar que, Orlando Alves foi detido em outubro do ano passado estando, desde então, em prisão domiciliária em Viseu. Os restantes arguidos estão em liberdade.
Jornalista: Lara Torrado