As máscaras e os mascarados têm raízes culturais ancestrais, marcando presença em culturas de todos os continentes e atravessando todas as épocas históricas, revelando-se imprescindíveis em celebrações de natureza laica, ou integrando cerimónias onde assumem funções rituais e culturais, numa aproximação entre o sagrado e o profano.
Em território português, o Nordeste Transmontano é talvez aquele onde, atualmente, as tradições e os rituais de mascarados se mantêm com mais vitalidade.
Na aldeia de Vila Boa, concelho de Vinhais, o folguedo das festas do Entrudo é protagonizado pelos ‘caretos’, em tempos conhecidos por ‘máscaras’, como ainda hoje gostam de ser conhecidos. São, aliás, os habitantes da aldeia que insistem clarificar que “caretos são os outros, nós somos ‘os máscaras’!”
Máscaras Entrudescas Tozé Vale, assim conhecido pelos amigos, é natural e residente em Vila Boa, concelho de Vinhais.
Desde cedo, com perícia, imaginação e com a ajuda do formão e da faca, começou a atividade de transformar troncos de madeira em máscaras.
Atualmente participa em várias feiras e exposições a nível nacional e internacional, projetando a sua arte e dando a conhecer a dedicação com que produz os seus trabalhos.