Desde que a Associação Para Estudo e Proteção do Gado Asinino lançou uma campanha de apadrinhamento, em 2005, já foram apadrinhados mais de três mil burros de raça mirandesa. A iniciativa tem como objetivo preservar e valorizar esta raça autóctone.
Criada em 2005, a Campanha de Apadrinhamento foi iniciada com o propósito de angariar fundos que permitissem que a Associação continuasse a desenvolver o seu trabalho, em todas as suas vertentes. Desta forma, ao apadrinhar os burros está a contribuir para a manutenção do Centro de Valorização do Burro de Miranda, para a disponibilização de apoio veterinário e logístico a todos os criados a quem prestam apoio um pouco por todo o país, bem como para a dinamização de atividades de sensibilização, promoção e investigação.
O Atenor, o Tó, a Dulcineia ou a Bolhaca são exemplos de alguns dos burros que estão disponíveis para apadrinhamento e como padrinho ou madrinha tem-se a possibilidade de visitar, gratuitamente, o seu afilhado ou afilhada ao Centro.
“Este trabalho é uma aposta na prevenção, bem-estar animal e sensibilização junto dos criadores para os orientar na manutenção desta raça autóctone, para desta forma ajudar a prolongar a vidas dos burros através de um tipo de cuidados diferenciados prestados por uma equipa multidisciplinar”, explicou à Lusa o secretário técnico da AEPGA, Miguel Nóvoa.
SOBRE A AEPGA
Criada em 2001, o trabalho da associação tem sido, sobretudo, orientado para a preservação do Burro de Miranda, a sua promoção e dignificação, não só enquanto património genético, mas também como importante património cultural.
Nesse sentido, além da proximidade que mantém com os criados, de forma a garantir o bem-estar de burros e mulas, tem vindo a organizar atividades que divulguem a riqueza cultural do solar deste animal – o Planalto Mirandês.
Jornalista: Lara Torrado
Foto: Cláudia Costa