A Filandorra – Teatro do Nordeste arranca esta semana com a iniciativa Ciclo de Teatro de Verão no “meu querido mês de Agosto”, este ano sob o tema As memórias que viraram histórias. Os largos das aldeias, os jardins, as festas e romarias vão ser palco de lutas, princesas com espinhas na garganta e milagres a partir do espetáculo “Contos d’OIRO- ContaDOUROs”, a nova produção da Filandorra estreada no passado mês de junho. 

Cumprindo o seu desígnio cultural e de compromisso com a comunidade promovendo oportunidades de acesso e fruição cultural de todos os públicos à cultura, a companhia inicia esta quarta-feira um périplo pelas vilas e aldeias do interior desafiando as populações a redescobrirem a sua identidade ao verem as suas “linguagens”, os seus costumes e as suas crenças retratadas em palco, num espetáculo baseado nas narrações orais, nos lugares, na paisagem, nas crenças e superstições que o escritor e etnógrafo Alexandre Parafita recolheu junto dos guardadores de memórias e aos quais os atores da Filandorra emprestam a voz e interpretação.

Nesta primeira fase da iniciativa, que decorre até final deste mês, o espetáculo é apresentado a 17 de julho pelas 21h30 em Raiz do Monte, freguesia de Vreia de Jales em Vila Pouca de Aguiar, no âmbito do Festival Itinerante de Cultura no Planalto de Jales.

No sábado à noite, o largo da praça da aldeia de Castainço, em Penedono, é o ponto de (re)encontro entre gerações e o teatro, com as lendas da região a servirem de mote em mais uma sessão de “Contos d’OIRO- ContaDOUROs”, que no domingo viajam à época medieval com uma representação pelas 16h00 para os “convivas” das Jornadas Medievais do Douro, em Canelas, Peso da Régua.

A 23 de julho, pelas 14h30, as lendas de outros tempos são contadas e mostradas às 140 crianças que frequentam o Campo de Férias de Santa Marta de Penaguião no Fórum de Atividades, e a 25 de julho “regressam” ao concelho do Peso da Régua, nomeadamente à aldeia de Sedielos, onde a praça de S. Tiago é o ponto de encontro de várias gerações de públicos para ver e rever os contos que realçam a memória e identidade do Douro.

O “Contos d’OIRO- ContaDOUROs” é a 90ª produção da Filandorra, estreada no passado mês de junho no Peso da Régua, criação que resultou do projeto que a Companhia candidatou ao Programa de Apoio em Parceria “Arte e Coesão Territorial” promovido pela DGArtes – Direção Geral das Artes/Ministério da Cultura.

A segunda fase da iniciativa Ciclo de Teatro de Verão arranca no mês de agosto, com a divertida comédia de base popular “Histórias da Vermelhinha” de Bento da Cruz a percorrer aldeias e vilas da região, com espetáculos já agendados em Vila Real, Macedo de Cavaleiros e Vila Flor.

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