O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) estima que a produção de vinho nacional deverá, este ano, cair 3%, uma redução que coincide com as previsões avançadas em julho, ainda antes da vindima. Mas a análise das declarações de colheita e produção, cuja entrega terminou a 15 de novembro, veio mostrar que há mais regiões com menos vinho nesta vindima do que o que se esperava inicialmente. Porém, nas poucas em que cresce, o aumento é mais significativo do que previsto.

Os dados baseiam-se na análise, até 19 de novembro, das declarações já submetidas. E mostram uma produção total de 6,271 milhões de hectolitros de vinho, ligeiramente abaixo dos 6,287 milhões previstos em julho. Mas destaca o instituto que esta é ainda uma “primeira avaliação”, dado que há declarações que estão a ser submetidas fora do prazo.

É a Norte que se dão as maiores perdas. A Região do Douro, a maior produtora de vinho em Portugal, vai este ano ter uma quebra de mais de 400 mil hectolitros, o que corresponde a menos 26% face ao ano passado, e acima da quebra de 20% inicialmente estimada. Serão produzidos, pelos últimos dados, 1,261 milhões de hectolitros. Duramente atingida também foi a região de Trás-os-Montes (-22%).

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