Chama-se “Cachipin” e é o primeiro manual que está destinado à aprendizagem da língua mirandesa e que já está disponível para os alunos que frequentam a disciplina.
“Este é o primeiro manual estruturado para o ensino da língua mirandesa nas escolas deste concelho destinado aos alunos do 1º ciclo do ensino básico” mencionou António Santos, diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro à agência Lusa. “Até aqui o material didático utilizado era elaborado pelos professores” acrescenta.
No entanto, António frisa ainda que é “ainda necessário continuar a trabalhar nesta área letiva” e justifica que “nós lecionamos o mirandês desde o pré-escolar até ao 12º ano e há pano para mangas para continuar a elaborar trabalhos de natureza didática”.
Para a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes é necessário dar continuidade ao projeto. “A necessidade de criação de materiais e recursos pedagógicos que garantam uma maior motivação, eficácia e acessibilidade assume-se como uma vertente fulcral para o ensino mirandês”, sublinhou Rui Caseiro, secretário executivo da CIM-TTM.
Posto isto, é fulcral o desenvolvimento de material didático isto porque, a falta dele “é o multiplicar de dificuldades no ensino e aprendizagem da língua mirandesa”, quem o diz é Alfredo Cameirão, presidente da Associação de Língua e Cultura Mirandesa.
Este ano letivo (2022/23) encontravam-se inscritos, na disciplina de Língua e Cultura Mirandesa, 439 alunos, o que representa 75% dos estudantes do concelho (584 alunos no total).
De relembrar que o mirandês é a segunda língua oficial de Portugal desde o dia 29 de janeiro de 1999, data em que foi publicada em Diário da República a lei que reconheceu, oficialmente, os direitos linguísticos da comunidade mirandesa.
Jornalista: Lara Torrado