Quem o diz é o relatório trimestral “Norte Conjuntura” lançado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), na terça-feira, e que apresenta as tendências da evolução económica na região. As Terras de Trás-os-Montes sofreram o maior crescimento no desemprego.
Segundo os dados divulgados, no terceiro trimestre de 2024, o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego do Norte registou um aumento de 5,2%, em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 123 762 pessoas. Em comparação com o trimestre precedente, observou-se um acréscimo de 1,8%.
A análise, realizada ao nível das NUTS III, aponta que o desemprego registado observou um aumento na maioria das sub-regiões, apresentando, no entanto, ritmos de crescimento inferiores aos observados no trimestre precedente.
“Apenas a sub-região do Douro observou uma redução no número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego, no terceiro trimestre de 2024, ao registar uma ligeira variação homóloga negativa de 0,4%”, refere o relatório.
Pelo contrário, as restantes sub-regiões observaram, crescimentos no desemprego registado, com as maiores variações homólogas a ocorrerem em Terras de Trás-os-Montes (14,7%), no Cávado (9,2%) e no Alto Minho (7,8%).
Contudo, na comparação com o trimestre antecedente, o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego apresentou uma evolução desigual entre as diferentes sub-regiões, no terceiro trimestre de 2024. O desemprego registado aumentou em Terras de Trás-os-Montes (4,3%), no Tâmega e Sousa (3,1%), na Área Metropolitana do Porto (2,9%) e no Cávado (2,3%), em relação ao segundo trimestre de 2024.
Pelo contrário, o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego diminuiu no Ave (-1,8%), no Alto Tâmega e Barroso (-0,7%), no Douro (-0,5%) e no Alto Minho (-0,4%), no mesmo período.
Por município, as reduções mais significativas do desemprego registado, em termos homólogos, foram observadas em Boticas (-22,7%), Mesão Frio (-17,4%), Amarante (-16,1%), Santa Marta de Penaguião (-14,7%) e Vila Nova de Foz Côa (-14,3%).
Em sentido oposto, os aumentos mais acentuados foram observados nos concelhos de Vila Flor (40,7%), Arcos de Valdevez (30,9%), Sernancelhe (29,9%), Lousada (29,0%), e Bragança (26,6%).
Jornalista: Rita Teixeira