Cláudia Bento questionou o Governo sobre a ferrovia e o acesso dos concelhos de Boticas, Montalegre e Valpaços à A24.

A deputada do PSD, começou por dizer que “é na região de Trás-os-Montes que se encontra a cidade mais próxima de uma estação de alta velocidade. Para além de Bragança, a cidade de Chaves encontra-se a 58 km da Estação de Alta Velocidade da Gudiña e a Eurocidade Chaves-Verín a 30 minutos. No país real, a região do Alto Tâmega e Barroso fica cada vez mais perto da capital espanhola e mais longe da capital portuguesa”.

Ou seja, ”para percorrer os 460 km, que é a distância entre Chaves e Madrid, demora-se três horas enquanto que, para percorrer a mesma distância de Chaves a Lisboa demora seis horas e meia, a sete horas em transportes públicos”, sublinhou.

Ao ministro das Infraestruturas e Hasbitação Claúdia Bento questionou se ”a linha férrea vai chegar a esta região? Ou mais uma vez somos deixados ao abandono e o seu compromisso, que o comboio chegará a todas as capitais de distrito e às cidades com mais de 20 mil habitantes, fica no bolso e sem energia para prosseguir?”.

Em resposta, Pedro Nuno Santos explicou que ”não conseguimos o comboio em todas as capitais de distrito” mas quando for conhecido o Plano Ferroviário Nacional ”vamos perceber que todas as capitais de distrito estão incluídas na rede ferroviária e que temos uma solução interessante para Trás-os-Montes e Alto Douro e para duas capitais que estão fora da rede ferroviária, como é o caso de Vila Real e Bragança”.

Durante a mesma intervenção, a deputada flaviense relembrou as fracas acessibilidades dos concelhos de Boticas, Montalegre e Valpaços à A24. ”Há localidades em Valpaços em que o percurso pode atingir os 45 minutos e Montalegre os 60 minutos”. Para terminar, Claúdia Bento sugeriu ao ministro realizar uma viagem de autocarro entre Lisboa e Montalegre.

Jornalista: Rita Teixeira

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