PSD diz que “caíram por terra todas as promessas de recuperação do complexo do Cachão avançadas nos últimos três anos por Júlia Rodrigues. Matadouro teve “injeção” de 150 mil euros do Município em, 2019.
A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes já tem pronto o Plano Estratégico de Revitalização do Complexo Agro-Industrial do Cachão, mas ainda não há prazos definidos para que a requalificação daquela infra-estrutura possa ser candidatada a fundos comunitários.
“Vai requerer da parte da CIM um forte investimento para implementar este plano. Todos sabemos que é um problema que há muitos anos passou para as câmaras municipais e atualmente é urgente uma candidatura a fundos comunitários para termos um forte investimento no complexo”.
Declarações da presidente da câmara de Mirandela, na última assembleia municipal extraordinária, onde foram apresentadas as contas consolidadas da Agro-Industrial do Nordeste e do Matadouro Industrial do Cachão, uma obrigatoriedade do regime financeiro das autarquias locais que prevê a elaboração de contas consolidadas com as entidades detidas ou participadas.
Júlia Rodrigues revelou que as contas de 2019 “refletem um pagamento de mais de 150 mil euros do Município para colmatar os prejuízos do matadouro nos anos 2014 e 2015, fruto de uma participação de 49% na AIN, que por sua vez detém 100% do MIC”.
Neste momento, em relação à questão da AIN e do Matadouro, a autarca revelou que “está a ser feito um processo de consultoria para a fusão destas duas entidades”.
Ora para o PSD, “caíram por terra todas as promessas de recuperação do complexo do Cachão avançadas nos últimos três anos por Júlia Rodrigues” e quanto ao matadouro, Paulo Pinto, líder dos social-democratas de Mirandela, diz que os números “refletem um decréscimo preocupante no abate de animais, pelo que não está a fazer bem aquilo para o qual foi criado”.
José Faustino da Cunha entende que o Complexo do Cachão “precisa urgentemente de uma nova estratégia e de sangue novo”. O deputado do CDS diz que a estratégia da câmara para o complexo “tem de se voltar mais para a agricultura e dar maior apoio aos agricultores na receção dos produtos agrícolas e na transformação”.
Já Jorge Humberto, a viabilização do complexo do Cachão “terá que passar pelo próprio Estado e não pelas autarquias”. O deputado municipal da CDU diz que só assim será possível fazer uma totar restruturação do complexo porque só o Governo tem verbas e financiamento da União Europeia para isso”.
Entretanto, a presidente do Município adiantou que até ao final deste ano, espera que o complexo do Cachão possa ter prontas novas vedações e que sejam removidos os escombros, porque com a retirada do lixo ficaram paredes sem qualquer sustentabilidade que constitui um perigo para a segurança das pessoas.
Esta intervenção será suportada pelo Fundo Ambiental que tem ainda um valor que ultrapassa os 200 mil euros.
Jornalista: Fernando Pires