“As paisagens repletas de animais a pastar no planalto mirandês são, cada vez mais, uma memória do passado”, assim se lê na nota de imprensa do CDU Mogadouro.

Segundo o partido, o declínio do setor pecuário resulta das opções de sucessivos governos e “foi sobretudo a falta de apoio aos pequenos e médios produtores pecuários, conduziu à redução do número de cabeças de gado e ao abandono de muitas pastagens no planalto” e menciona a diminuição do número de abates no matadouro de Miranda do Douro, que acontece também “no resto do distrito”.

Nas últimas eleições autárquicas, a CDU de Mogadouro, defendia a criação de um matadouro intermunicipal, equipamento que permitisse o abate e a desmancha, criando desta forma uma resposta, na medida do necessário, para os concelhos da região. O que vem agora a público, sobre a construção de mais dois matadouros- um em Sendim que substitui o que existia em Miranda do Douro e um outro matadouro em Mogadouro – que, segundo o CDU “traduz-se numa desadequada duplicação de investimento público, principalmente numa altura em que a necessidade dos produtores foi reduzida.

Lê-se no comunicado que “a falta de entendimento entre municípios e as posições assumidas pelos Presidentes da Câmara de Mogadouro e Miranda do Douro comprovam a incapacidade dos diversos organismos intermunicipais – como a CIM ou as Associações de Municípios – em promover estratégias interconcelhias”.

Para a CDU as autarquias do Planalto devem criar uma solução conjunta, fazendo uma candidatura única, para assim garantirem a viabilidade do equipamento. O partido defende, ainda, o apoio do desenvolvimento da produção nacional, nomeadamente, “a agricultura, a pecuária e as florestas, fontes de rendimento essenciais à sobrevivência desta região”.

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