Entre os dias 14 e 17 de agosto, o Castelo de Bragança vai embarcar numa viagem medieval, com o regresso da Festa da História. Durante quatro dias, a capital do distrito vai ter muita música e animação para miúdos e graúdos.
“A recriação histórica passa pela rua do Restolho, onde decorre o mercado, pela rua dos Larápios, onde se escondem os foragidos e onde as classes sociais mais desfavorecidas vão surpreender os visitantes com ações inesperadas” revela o município no site.
Na praça central serão comercializados e trocados os produtos feitos pelos artesãos, enquanto que, na Praça do Sustento, se irá confraternizar, beber e degustar as mais variadas iguarias.
A festa terá ainda lugar no Largo da Feira onde estarão estarão à venda produtos e um Beco Oculto, onde se encontra uma “vidente”.
É em torno da lenda da torre da Princesa que se constrói o festival. Conta a história que, num tempo em que Bragança ainda não se chamava assim, a princesa apaixonou-se por um nobre e valente cavaleiro, no entanto, este pertencia a uma família pobre e sabia que nessas condições não poderia casar com a princesa, por isso decidiu partir em busca de fortuna, prometendo-lhe voltar quando se sentisse digno dela.
E assim foi, passaram-se anos, e a princesa decidiu esperar pelo seu cavaleiros, recusando todas as propostas de casamento, porém, o tio, farto da situação, decidiu obrigá-la a casar com um nobre muito rico, mas a princesa sempre recursou, o que acabou por despertar a cólera do tio que se quis vingar.
Nessa mesma noite disfarçou-se de fantasma e ameaçou assombrar a princesa caso ela não se casasse. No momento em que esta estava prestes a jurar por Cristo que se ia casar, uma porta abriu-se e, apesar de ser noite, entrou um raio de sol que desmascarou o falso fantasma. Daí em diante, a princesa não foi mais obrigada a quebrar a sua promessa e passou a viver recolhida numa torre que ficou para sempre lembrada como a Torre da Princesa.
E é nesta lenda que se baseia a história. Durante os quatro dias esta história, e muitas mais, vão ser retratadas e não faltará música, teatro, danças populares, histórias para miúdos e graúdos, marionetas, artes circenses, esgrima medieval, oficinas pedagógicas e demonstrações de falcoaria.
Jornalista: Lara Torrado
Fotos: Festa da História