O regadio e a área social continuam a constar das prioridades da Câmara de Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, com um orçamento superior a 15 milhões de euros aprovado para 2022.
O valor é inferior em cerca de um milhão de euros em relação ao orçamento de 2021 e foi aprovado com os votos da maioria social-democrata nos órgãos municipais, e os votos contra da oposição representada pelo movimento Unidos por Carrazeda, com um eleito no executivo municipal e cinco deputados na Assembleia Municipal.
A barragem, de nove milhões de euros, financiada por fundos comunitários e que será construída na zona da Veiga continua a ser uma das apostas do município que, além do regadio, destaca também os apoios sociais e a criação de habitação, nomeadamente através da estratégia financiada pelo programa nacional 1.º Direito.
Para a oposição, este é um orçamento “de continuidade” sem “uma estratégia de médio e longo prazo”, nomeadamente para inverter o despovoamento no concelho com cerca de cinco mil habitantes, como considerou Ricardo Samorrinha, eleito do movimento Unidos por Carrazeda.
O presidente social-democrata, João Gonçalves, encara as críticas e o voto contra da oposição como “apenas uma posição política”, e considera que os adversários políticos “ou estão desatentos ou a enviesar o sentido do orçamento municipal”.
O município de Carrazeda de Ansiães mantém para 2022 as mesmas medidas em relação ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e devolução do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) aos contribuintes.
Carrazeda de Ansiães é um dos poucos concelhos do distrito de Bragança que, há vários anos, cobra a taxa mínima de IMI, ou seja 0,3%, e devolve aos contribuintes a totalidade dos 5% a que tem direito do IRS cobrado no município.
Lusa