O Município de Bragança deu início a um novo programa de proteção e recuperação dos castanheiros da região, uma medida que permitirá intervir em mais de 50 mil árvores afetadas por uma doença que tem ameaçado esta cultura emblemática. Com um investimento que ronda os 750 mil euros, financiado maioritariamente por fundos europeus no âmbito de um projeto superior a um milhão de euros, esta iniciativa abrange todo o concelho.
A apresentação da operação teve lugar a 9 de abril, no Auditório Paulo Quintela, perante representantes das Juntas e Uniões de Freguesias locais. O projeto será conduzido pelo Instituto Politécnico de Bragança, responsável pela aplicação de um bioproduto inovador – DICTIS – concebido especificamente para tratar o cancro do castanheiro.
A Professora Maria Eugénia Gouveia, especialista na área e com um vasto historial de investigação nesta doença fúngica, liderou a sessão de apresentação. Entre os participantes estiveram também entidades como a APATA, ANA e Mata Verde, que desempenharão um papel ativo na implementação do tratamento.
A aplicação do produto deverá arrancar ainda durante o mês de abril e prolongar-se até setembro, dependendo das condições meteorológicas.
O cancro do castanheiro, causado por um fungo que provoca feridas na casca e pode levar à morte da árvore, tem tido um impacto significativo nas paisagens e na economia local. Este plano visa travar a propagação da doença, preservar a produção de castanha e proteger um setor agrícola de grande relevância para a região.
Jornalista: Micaela Costa
Foto: CM Bragança