A tomada de posição sobre o funcionamento do Serviço de Obstetrícia da Unidade Local de Saúde do Nordeste, na Unidade Hospitalar de Bragança foi aprovada hoje em reunião de câmara, anunciou a autarquia.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Bragança considera vários pontos fundamentais para esta exigência, nomeadamente “a importância da existência, na Unidade Hospitalar de Bragança, de um Serviço de Ginecologia/Obstetrícia, dotado de todos os meios, humanos e materiais, necessários à prestação de um serviço de qualidade, para as grávidas da região e para a sustentabilidade demográfica do nosso território”.

Na mesma nota é referido que “estas dificuldades obrigam ao encaminhamento das grávidas da região, para Unidades Hospitalares muito distantes, nomeadamente Vila Real, com o consequente elevado impacto no conforto e na segurança das grávidas”.

O município revela também que que existem profissionais médicos obstetras disponíveis para celebrar contrato de trabalho com a Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), que não têm sido formalizados apenas por decisão do Conselho de Administração da ULSNE.

A desmotivação de grávidas a serem seguidas na consulta externa, da Unidade Hospitalar de Bragança, “por saberem que existe uma forte probabilidade de o parto não ocorrer na mesma unidade” é mais um motivo para a exigência do reforço de médicos obstretas.

A autarquia teme assim o encerramento desta unidade e vai enviar uma tomada de posição para várias entidades, como, a ministra da saúde, a Direção-Geral da Saúde (DGS), Entidade Reguladora da Saúde e entre outras.

Recorde-se que, na passada quinta-feira, Rui Rio criticou o Partido Socialista (PS) por falta de obstretas em Bragança, enquanto se encontrava em campanha na cidade transmontana deivo às próximas eleições legislativas.

O candidato do PSD, em declarações ao Jornal de Notícias disse em tom de ironia que “isto num Governo que diz assim “nós não somos pelos números, somos pelas pessoas”, não sei o que isso quer dizer porque obviamente quando estamos a analisar números é para servir as pessoas. Estão três médicos e é preciso cinco, eles como estão pelo lado das pessoas, não autorizam”.

Jornalista: Rita Teixeira

Foto: Rui Manuel Ferreira / Global Imagens

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