Nos primeiros seis meses de 2024 houve registo de 41.284 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. O distrito de Bragança foi o que registou um menor número de nascimentos (229) nos primeiros seis meses do ano.

Os dados do PNRN referentes ao primeiro semestre de 2024 mostram também que o maior número de bebés rastreados se observou nos distritos de Lisboa e do Porto, com 12.794 e 7.157 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal (3.359).

Por outro lado, Bragança (229), Portalegre (248) e Guarda (343) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.

No que toca a nível nacional, face ao ano passado, realizaram-se menos 518 “testes do pezinho”.

“O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma” refere o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge em comunicado.

O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, isto porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.

Jornalista: Lara Torrado

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