A Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS) relançou o programa de empreendedorismo dos Lagos do Sabor, juntamente com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Movhera. A iniciativa contará com uma dotação inicial de 65 mil euros.

“Há três anos que vínhamos pedindo à Movhera, a atual concessionária das barragens do Baixo Sabor e Feiticeiro a reativação deste programa de empreendedorismo, que no passado foi financiado pela EDP. Estão envolvidos nesta fase inicial 65 mil euros financiados pela elétrica que aceitou que após conversações aceitou o desafio”, disse à Lusa o presidente da AMDS, Eduardo Tavares.

O programa terá a duração de cerca de um ano e servirá para apoiar os jovens empreendedores e os empresários locais, “dando-lhes capacitação, formação ou ajudar na elaboração de planos de negócio para realizarem os seus projetos empresariais”, explicou.

Segundo a agência, outros dos objetivos do programa de empreendedorismo dos Lagos do Sabor passa por ajudar os futuros e atuais empresários, a arranjar fontes de financiamento junto dos próximos quadros comunitários como é o caso do Portugal 2030, micro créditos na banca ou outras fontes de financiamento.

A principais áreas do programa são o turismo, restauração, agricultura, património, animação desportiva, ou projetos ligados à Bio-Região do Baixo Sabor.

Ao IPB cabe trazer para o programa, “o conhecimento científico e tecnológico para que os projetos inovadores tenham uma componente mais desenvolvida. Gostaríamos que este projeto promovesse a capacidade empreendedora das gentes da nossa região e motivar os jovens”, disse Orlando Rodrigues, presidente do instituto.

A Lusa avança que, segundo dados globais da última edição do programa de empreendedorismo no Baixo Sabor, que terminou em 2019 e ao longo de ano e meio, foram apoiados 40 empreendedores, realizaram-se um total de 48 horas de capacitação, surgiram 27 novos projetos de investimento, com um investimento global de 3,5 milhões de euros que geram 42 postos de trabalho diretos.

“O volume de faturação das empresas que aderiram ao programa, na altura financiado pela EDP, foi de 4,6 milhões de euros”, escreve.
As principais áreas de atividade foram: Turismo no Espaço Rural, animação turística, produção agrícola, produtos tradicionais (mel, compotas, enchidos, frutos secos) e atividades de cariz social e de saúde.

Slider