Nesta terça-feira, 9 de janeiro, os autarcas de Mirandela, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Flor, irão reunir para tomar uma posição comum sobre os problemas associados aos serviços de urgência do Hospital de Mirandela.

O Salão Nobre do Paço dos Távoras vai ser palco de uma reunião com os presidentes dos municíp0ios do sul do distrito. O objetivo é apenas um, tomar uma posição sobre o encerramento da urgência de cirurgia do Hospital de Mirandela e de outros assuntos relacionados com as respostas de saúde às populações destes concelhos.

O Canal N sabe, através de uma nota de imprensa enviada à redação, que Carlos Vaz, presidente do Conselho de Administração da ULS Nordeste, também vai marcar presença no encontro.

A reunião acontece três meses depois de ter sido anunciado o encerramento da cirurgia-geral da urgência do hospital de Mirandela. Esta situação deve-se à recusa, da maioria dos médicos, em realizar horas extras para lá das 150 horas que estão estipuladas na Lei e que tem criado constrangimentos na elaboração de escalas.

MIRANDELA PROMOVE CORDÃO HUMANO DE PROTESTO PELO ENCERRAMENTO TEMPORÁRIO DA URGÊNCIA CIRÚRGICA  

De relembrar que, no passado dia 25 de novembro foi realizado um Cordão Humano em protesto pelo encerramento temporário da urgência cirúrgica que teve como propósito demonstrar o descontentamento pelo encerramento provisório desta valência.

Os três cirurgiões que sempre estiveram afetos ao serviço de urgência do hospital da cidade mirandelense, foram alocados, desde aquela data à urgência do hospital de Bragança, da mesma área de abrangência da Unidade de Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) – a entidade que gere os hospitais e centros de saúde do distrito – alegadamente, por constrangimentos na elaboração de escalas devido à recusa da maioria dos médicos em realizar trabalho extra para lá das 150 horas.

Apesar de várias tentativas, a administração da ULSNE nunca deu qualquer explicação oficial para esta medida, nem tão pouco esclarece se a situação será apenas provisória ou poderá vir a ser definitiva, tendo em conta que dois dos três especialistas, agora alocados a Bragança, já têm uma idade avançada (68 anos) e se não houver novas entradas pode estar em causa, em definitivo, aquela valência em Mirandela.

Jornalista: Lara Torrado

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