Tal como aconteceu esta semana no Norte, a APERLU- Associação Portuguesa dos Empregadores de Resíduos de Limpeza Urbana, prevê que poderá haver greves em todo o país. Foi considerado que “a saúde pública está em risco”.
O porta-voz da APERLU, André Matias de Almeida, em declarações à agência Lusa, mencionou que a situação que se verificou nesta semana em alguns concelhos, como se verificou nos de Bragança e Vila Real, “vai alastrar-se ao resto do país”.
André Matias Almeida diz não ter “nenhuma dúvida de que a saúde pública está em risco”, uma vez que houve bastante adesão por parte dos trabalhadores à greve.
Em causa estão os procedimentos de despedimento coletivo encetados pela empresa. “Aparecem na sequência do insucesso das reuniões realizadas com o Governo, até à data” menciona o responsável.
“A APERLU pedia ao Governo uma medida ou diploma legislativo similar àquele que é hoje uma realidade para as empreitadas das obras públicas, e que permitia o reequilíbrio dos contratos em face de alterações extraordinárias e imprevisíveis das circunstâncias”, explicou à Lusa.
Essa medida é pedida pela associação uma vez que “os contratos foram celebrados entre estas empresas da recolha de resíduos urbanos e municípios portugueses há vários anos”.
“A manutenção destes contratos revela-se impossível, e disso já foi dada nota ao Governo, e portanto a situação neste momento é dramática”, menciona André.
No início desta semana, Joaquim Sousa, dirigente nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), que convocou a greve, disse à Lusa que a paralisação teve uma adesão “entre os 40, os 50 e os 100%”.
Na segunda feira os trabalhadores em regime de trabalho temporário cedidos pela empresa Multitrab à Resíduos Nordeste, iniciaram na segunda-feira uma greve que contou com com uma paralisação de 99%.
Jornalista: Lara Torrado