A falta de professores continua a ser um fator que assombra o regresso às aulas. O ano letivo 2023/24 arranca esta terça-feira com cerca de 1,3 milhões de alunos do 1º ao 12º ano, no entanto, muitos deles não terão, ainda, todas as disciplinas pela falta de docentes nas escolas.

As escolas têm até sexta-feira para dar início ao ano letivo, no entanto, a falta de professores é um assunto que tem, cada vez mais, assombrado o regresso às aulas, deixando milhares de alunos com horários vazios.

Na passada semana foram colocados perto de três mil docentes, no entanto, as escolas apresentavam, ainda, cerca de 1.300 horários vazios. Na segunda-feira, segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) faltavam, ainda, mais de 100 mil alunos que não tinham professor. Português, Matemática e Informática são as disciplinas mais afetadas pela falta de professores.

Este é um problema que tem vindo a ser reconhecido pelo ministro da Educação que, no ano passado, alargou os requisitos para a contratação de docentes sem profissionalização e, durante este fim de semana, admitiu estar a trabalhar em medidas de forma a apoiar os docentes que são obrigados a se deslocar para dar aulas.

À semelhança de como acabou o ano letivo, com várias greves dos profissionais de educação, o arranque também começa com uma greve ao sobretrabalho e às horas extraordinárias.

Segundo avança a agência Lusa, a paralisação não tem impacto nas aulas, no entanto, na próxima semana, o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) vai avançar com uma greve de cinco dias e, menos de um mês depois, a 6 de outubro, haverá uma greve nacional.

Os motivos continuam a ser os mesmos, a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço.

Jornalista: Lara Torrado

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