A Ordem dos Enfermeiros denuncia que no distrito de Bragança, os enfermeiros integrados nas brigadas de intervenção rápida, as equipas que atuam em caso de surto nos lares, ainda não foram vacinados nem têm qualquer perspetiva de quando possam vir a ser.

As Brigadas de Intervenção Rápida foram criadas pelo Governo, há quatro meses, como uma resposta concertada entre a Cruz Vermelha Portuguesa e o Instituto de Segurança Social, para garantir uma intervenção eficaz quando os lares de idosos ficam sem pessoal técnico devido a surtos graves de Covid-19. 

São constituídas por enfermeiros, médicos, ajudantes familiares, auxiliares de serviços gerais, psicólogos e assistentes sociais.

A Ordem dos Enfermeiros diz agora ter conhecimento que no distrito de Bragança as equipas ainda não foram vacinadas contra a Covid-19. 

“Recebemos uma exposição por parte de uma enfermeira que integra uma destas brigadas naquele distrito reportando que até ao momento ainda não foram convocadas para fazer a vacina nem tão pouco têm qualquer indicação de quando a vão fazer”, revela o vice-presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Enfermeiros.

Luís Barreira considera ser uma situação incompreensível “tendo em conta que se trata de profissionais que estão particularmente expostos na sua atuação em contexto de surtos nos lares”.

Para este dirigente da OE, a situação “assume ainda maior gravidade”, tendo em conta que, esta semana, foi conhecido que os dirigentes da Unidade Local de Saúde do Nordeste, entidade que gere os hospitais e os centros de saúde do distrito de Bragança, já foram vacinados com as duas doses.

A Ordem dos Enfermeiros aguarda agora explicações sobre este caso por parte do novo coordenador da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

Jornalista: Fernando Pires 

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