A vinificação em Lagares Rupestres foi reconhecido como método tradicional “Transmontano”. Esta indicação são boas notícias para os vitivinicultores de Valpaços.
Foi publicado em Diário da República esta semana que a indicação geográfica Transmontano foi alargada aos vinhos espumantes e frisantes, a novas castas e passou a incluir a vinificação em lagares rupestres como um método tradicional de produção da região.
O Ministério da Agricultura passa assim a definir o regime de produção e comércio dos vinhos e demais produtos vitivinícolas da IG Transmontano.
Cabe agora à Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), sedeada em Valpaços, as funções de controlo da produção e do comércio, de promoção, defesa e certificação dos vinhos da região.
A nova portaria refere que a Indicação Geográfica Transmontano passa a incluir vinho branco, tinto e rosado, vinho espumante branco, tinto e rosado e vinho frisante branco, tinto e rosado, ou seja, foram introduzidas novas castas aptas à produção de vinhos, “permitindo maior versatilidade dos vinhos da região”.
Reconhece-se, também, a vinificação em lagares rupestres como um método tradicional de produção da região, que deve “seguir os métodos de vinificação tradicionais e as práticas e tratamentos enológicos legalmente autorizados, incluindo-se nos métodos tradicionais a vinificação em lagares rupestres, cujos vinhos assumem a designação de “vinho de lagar rupestre”, desde que produzidos em conformidade com o disposto em regulamento próprio emitido pela entidade certificadora.
Recorde-se que a 3 de Novembro 2018 foi criada, em Valpaços, a Associação Portuguesa Lagares Rupestres, em parceria entre o Município de Valpaços, a AVITRA e a CVRTM, depois de organizado em 2017 o I Simpósio Ibérico de Lagares Rupestres e várias outras iniciativas levadas a cabo para a divulgação e valorização dos Lagares Rupestres no concelho, que concentra o maior número de exemplares de toda a Península Ibérica.