Incidente com uma das aeronaves não tripuladas, no distrito de Setúbal, levou a FAP a suspender as operações com os seus drones espalhados pelas três bases no país, incluindo a de Mirandela, até à conclusão da investigação à aterragem forçada de um destes aparelhos.
Uma semana depois de terem começado a operar, desde o Aeródromo Municipal de Mirandela, foram suspensas as operações com os dois drones da Força Aérea Portuguesa (FAP) que tinham como missão fazer a vigilância do território nacional no combate a incêndios florestais.
Em comunicado, a Força Aérea Portuguesa anunciou a suspensão das operações com os seus ‘drones’ até à conclusão da investigação à aterragem forçada de um destes aparelhos, que aconteceu, no sábado, no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal.
A FAP informa que uma aeronave não tripulada que estava a operar a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, de onde tinha descolado às 11:10 de sábado para uma missão de vigilância aérea na zona sul de Portugal, “realizou uma aterragem forçada” na zona do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal, às 11:40.
A aeronave “foi dirigida para uma área isolada, não colocando em risco população ou habitações”, adianta a nota da FAP, referindo que “as causas do acidente “já estão sob investigação do Gabinete de Prevenção de Acidentes da Força Aérea”.
Segundo a FAP, “até à conclusão” da investigação, as operações com este tipo de aeronaves estão suspensas nas outras bases de operação, ou seja, na Lousã e em Mirandela, não adiantando qualquer data para a possível reactivação das operações.
A FAP acrescenta que, “nesta altura de maior risco, irá empenhar aeronaves tripuladas para a realização das missões de vigilância aérea e deteção de fogos”.
Recorde-se que estava previsto que os dois drones da Força Aérea Portuguesa, que começaram a operar no dia 31 de agosto desde o Aeródromo de Mirandela, iriam manter-se até 31 de outubro.
Segundo fonte do Município de Mirandela, proprietário do aeródromo, não há qualquer indicação da FAP sobre quando vão ser retomadas as operações, confirmando apenas que se mantém todo o material e a logística de apoio a estas operações nas instalações do aeródromo, mas os militares que estavam responsáveis pela sua aplicação já não se encontram na cidade tendo regressado aos seus locais de atividade profissional.
Inicialmente estava previsto que fosse o aeródromo de Macedo de Cavaleiros a ter estes dois drones disponíveis para o território nacional, mas, “constrangimentos de ordem técnica por parte da empresa contratada, aos quais a FAP é alheia, ainda não foi possível efetuar a aceitação destas aeronaves para Macedo de Cavaleiros e Fóia”, avançou a Força Aérea Portuguesa, em comunicado.
Estes drones têm autonomia para 10 horas e também detetam ignições durante a noite.
Jornalista: Fernando Pires