Pela primeira vez na história do colégio cardinalício, Portugal conta com quatro cardeais eleitores no conclave que escolherá o próximo Papa, sucedendo Francisco. Entre eles está o Cardeal António Marto, natural de Chaves, que se junta a Américo Aguiar, Manuel Clemente e José Tolentino de Mendonça.

Nascido em 1947, António Marto foi ordenado sacerdote em Roma, em 1971. Permaneceu na cidade para concluir os estudos, tendo obtido o doutoramento em Teologia com uma tese dedicada à esperança cristã à luz do Concílio Vaticano II.

O mais veterano dos quatro cardeais eleitores portugueses, Marto desempenhou funções como bispo de Viseu e mais tarde em Leiria-Fátima, onde presidiu às comemorações do centenário das aparições de Fátima. Durante a sua trajetória, manteve um forte envolvimento com os movimentos católicos ligados aos trabalhadores e aos estudantes, chegando mesmo a trabalhar em fábricas antes do 25 de Abril.

Com uma passagem pela Universidade Católica Portuguesa como docente e pelo clero da Diocese do Porto como pároco, foi nomeado bispo auxiliar de Braga em 2000. Em Fátima, destacou-se pelo seu empenho em causas como a paz e o cuidado ambiental, procurando dar uma leitura contemporânea à mensagem deixada por Nossa Senhora em 1917.

António Marto foi criado cardeal por Francisco em 2018, após o centenário das aparições. Em 2022, deixou a liderança da diocese ao atingir o limite de idade estabelecido.

Jornalista: Micaela Costa

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