Entre 18 e 24 de março, a ANSR, a GNR e a PSP promovem uma nova campanha nacional de sensibilização e fiscalização rodoviária, com foco na condução em excesso de velocidade, uma das principais causas de acidentes mortais.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP lançam, esta terça-feira, 18 de março, a campanha de segurança rodoviária “Viajar sem pressa”. A iniciativa integra o Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2025 e pretende alertar os condutores para os perigos associados ao excesso de velocidade, responsável por cerca de 60% das infrações rodoviárias registadas.
Até 24 de março, a campanha vai combinar ações de sensibilização da ANSR, em território continental e nas regiões autónomas, com operações de fiscalização levadas a cabo pela GNR e pela PSP. A fiscalização será especialmente direcionada para vias com elevado tráfego e zonas identificadas com maiores índices de sinistralidade grave.
De acordo com dados da ANSR, a velocidade é a principal causa de um terço dos acidentes mortais nas estradas portuguesas. “Quanto maior a velocidade, menor é o tempo de reação e maior a gravidade das consequências em caso de acidente”, alerta a campanha. Um exemplo disso é o impacto num atropelamento: a 30 km/h, a probabilidade de o peão morrer é de 10%, mas, se o veículo circular a 50 km/h, esse risco sobe para 90%.
A ANSR, a GNR e a PSP recordam ainda que aumentar a velocidade numa viagem de 20 km de 50 para 60 km/h só permite “ganhar” cerca de 4 minutos, mas pode colocar em risco a vida dos condutores e de terceiros.
“Viaje sem pressa, chegue com vida” é o apelo principal da campanha, que será a terceira de um total de 11 ações previstas para este ano no âmbito do PNF de 2025. Tal como em anos anteriores, os temas destas campanhas seguem as recomendações europeias e incidem, além da velocidade, sobre o álcool, o uso de acessórios de segurança, o telemóvel e os veículos de duas rodas a motor.
A ANSR reforça que a sinistralidade rodoviária “não é uma fatalidade” e que comportamentos responsáveis podem evitar as suas consequências mais graves.
Jornalista: Lara Torrado
Foto: Canal N / Arquivo