A Comissão de Gestão das Rotas do Norte deferiu a candidatura do Castelo de Torre de Moncorvo ao selo Rotas do Norte, promovida pelo município de Torre de Moncorvo.
A autarquia anunciou que a comissão refere que “considerando o valor patrimonial e atratividade turística do Bem, propõe-se a integração do mesmo nas seguintes Rotas do Norte: Rota ‘Castelos e Fortalezas a Norte’.
“O selo Rotas do Norte, instituído pela CCDR-Norte e o Turismo do Porto e Norte de Portugal, integra uma estratégia de organização, gestão e promoção de rotas turísticas regionais de Património Cultural, Arte e Arquitetura Contemporâneas, designadas de “Rotas do Norte”, tendo em vista o desenvolvimento do turismo cultural e a valorização do património cultural na Região Norte”, lê-se na nota divulgada.
Sobre o Castelo de Torre de Moncorvo
Em Torre de Moncorvo a designação “Castelo” é especialmente aplicada ao espaço retangular sobranceiro à Praça Francisco Meireles, definido por fortes muros de cantaria (silharia granítica) e cuja plataforma serve de largo dos Paços do Concelho. Esta denominação também se aplica a todo o conjunto histórico ou bairro antigo.
A fortificação medieval de Torre de Moncorvo determinada por D. Dinis, por volta de 1295, seria inicialmente apenas por cerca muralhada, em cujo espaço interior se localizava a vila nova.
Ainda na primeira metade do séc. XIV, terá sido construído o castelo, localizado no extremo Sul da cerca, de planta trapezoidal, com os cantos guarnecidos por bastiões circulares, possuindo no interior duas torres quadrangulares associadas a um edifício de possível residência dos alcaides.
A cerca que envolvia o perímetro urbano medieval possuía três ou quatro portas, das quais resta somente o Arco da Senhora dos Remédios, a nascente e vestígios da porta sul.
Desde 1988 até 2001 decorreram trabalhos arqueológicos com vista a revelar alguns dos vestígios do antigo castelo e edificações envolventes. Em 2021 foi inaugurado o Museu do Castelo, que tem como missão a divulgação e valorização da história local, através da preservação das estruturas arqueológicas que constituíam o castelo. Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público.