Walking Football, ou “Futebol a Andar” em português, é a modalidade que está a conquistar cada vez mais praticantes. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Associação de Futebol de Bragança (AFB) levaram esta prática até Miranda do Douro e Macedo de Cavaleiros.
Este desporto faz parte do plano estratégico da Federação Portuguesa de Futebol “FUTEBOL 2030” e tem como objetivo “incentivar a prática desportiva das pessoas com mais de 50 anos, promovendo a integração e o convívio em prol de uma vida mais ativa”, explica a AFB.
Sem corridas, saltos, rasteiras, carrinhos e cortes, o Walking Football surge como uma oferta adaptada de futebol, independentemente da idade e da condição física, visando proteger quem o pratica.
O objetivo da iniciativa é chegar a todos os distritos do país, através das associações distritais e regionais de futebol. Desta forma a FPF está a promover a modalidade junto dos clubes, universidades seniores, autarquias e outras entidades com demonstrações em contexto de treino e jogo.
A iniciativa aconteceu ontem em Miranda do Douro e Macedo de Cavaleiros com os alunos das respetivas universidades.
“Sabemos que 46% da população portuguesa tem mais de 50 anos. Estamos a falar de quase de cinco milhões de pessoas. Sabemos que precisam de atividade física e, depois, tem a particularidade de ter bola. Isto é inclusivo. Não é apenas para pessoas que jogaram futebol. É para homens e mulheres”, referiu Arménio Pinho, diretor da FPF.
O dirigente federativo destacou o impacto da modalidade “na saúde física e mental”.
No distrito de Bragança, o Walking Football está a dar os primeiros passos e é nas universidades seniores que a prática é mais regular. Para António Ramos, presidente da AF Bragança, são aliados fundamentais no desenvolvimento da modalidade, mas quer ver envolvidas outras entidades.
“Há uma grande percentagem de pessoas com mais de 50 anos no nosso distrito e queremos aproveitar isso para desenvolver a modalidade. Esperamos que este tipo de ações da FPF, este contato direto, motive os clubes e outras associações a apostar na modalidade, a inscreverem-se e a praticar regularmente”, afirma.
De referir que qualquer entidade, seja clube de futebol, município, Junta de freguesia, Santa Casa da Misericórdia, Instituição Particular de Solidariedade Social, Universidade Sénior, ou qualquer outra entidade devidamente constituída pode criar equipa de Walking Football.
Um dos requisitos para praticar a modalidade é ter idade igual ou superior a 50 anos. Quanto às regras há algumas a ter em conta: o praticante não pode correr, não pode fazer carrinhos, a bola não passa acima do joelho, não há guarda-redes, só pode dar três toques na bola.
Nesta fase da época 2024/2025 estão inscritas 120 equipas e mais de 1300 praticantes a nível nacional.
Jornalista: Rita Teixeira