A Câmara de Vila Real está a desenvolver uma nova área empresarial com um investimento de 10 milhões de euros, tendo que recandidatar os fundos comunitários após um atraso de um ano e meio causado por uma disputa judicial.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, explicou que o atraso na execução do projeto se deveu a uma providência cautelar apresentada por uma empresa excluída do concurso público. A resolução desta providência nos tribunais administrativos de Mirandela e no Tribunal Central Administrativo do Norte resultou em decisões desfavoráveis para a empresa, mas causou uma significativa demora no início da obra.
A nova zona empresarial, conhecida como Polo II – zona industrial de Constantim, está a ser construída em duas fases. A primeira fase, atualmente em andamento, abrange 34 hectares com cerca de 80 lotes e inclui os acessos para os 50 lotes adicionais da segunda fase. O início das obras ocorreu no verão e já foram realizados trabalhos de desmatação e movimentação de terras.
A Câmara já reapresentou uma candidatura para recuperar o financiamento de 1,5 milhões de euros que foi perdido devido ao atraso judicial. O objetivo é disponibilizar às empresas um espaço privilegiado, próximo das autoestradas A24 e A4, numa localização estratégica.
A aquisição de terrenos foi um processo desafiante, que envolveu a negociação com 300 proprietários para a compra de cerca de 200 parcelas. Os lotes da primeira fase deverão estar disponíveis em cerca de nove meses, enquanto que, a segunda fase, ainda sem orçamento definido, poderá requerer um investimento de aproximadamente quatro milhões de euros.
Paralelamente, a autarquia concluiu a ampliação da zona industrial existente, num investimento de dois milhões de euros que acrescentou 18 lotes e sete hectares. Desses, nove lotes já foram entregues às empresas, que se preparam para iniciar a construção dos seus espaços e criar novos empregos.
A Nova Zona Empresarial de Vila Real poderá vir a estar concluída em setembro de 2025.
Jornalista: Lara Torrado