O PSD Montalegre reiterou a sua oposição ao projeto de exploração de lítio na mina do Romano, em Morgade, reforçando o apoio à população local e a defesa do ambiente, após a Assembleia da República ter rejeitado as recomendações de suspensão do projeto, com o voto contra do PSD nacional.

Num comunicado enviado à redação do Canal N, o PSD Montalegre sublinhou que a sua posição “continua a ser a mesma”, afirmando a incompatibilidade entre a exploração mineira e o futuro sustentável do concelho. “Somos e seremos contra, porque o futuro assenta na preservação do ambiente e na valorização dos nossos produtos e serviços de excelência”, destacou o partido, referindo-se a setores como a água, o fumeiro, a carne e a paisagem, reforçados pela classificação de Montalegre como Património Agrícola Mundial.

O PSD Montalegre criticou ainda a relação histórica entre o concelho e o Estado, referindo-se a Montalegre como uma “coutada” destinada à exploração por privados, citando exemplos como as barragens, os parques eólicos, e, atualmente, a energia solar, com a central solar-eólica dos Pisões e os parques flutuantes contíguos ao Parque Nacional Peneda-Gerês.

O partido local salientou também o fraco retorno financeiro gerado pela exploração dos recursos naturais no concelho, mencionando que Montalegre recebe “pouco mais de 1 milhão de euros” das barragens, apesar de possuir 15% da capacidade hídrica instalada no país.

Adicionalmente, o PSD Montalegre criticou o apoio da Câmara Municipal à reativação da exploração de volfrâmio na Borralha, alertando para os riscos para a saúde humana apontados pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).

Por fim, o mesmo comunicado apelou à população e às associações locais para que continuem a resistir à exploração mineira, em defesa da biodiversidade e do futuro do concelho.

Jornalista: Lara Torrado

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