O primeiro caso de Febre Hemorrágica Crimeia-Congo foi diagnosticado em Portugal, na cidade de Bragança.
Um homem de 80 anos morreu no Hospital de Bragança. O idoso de nacionalidade portuguesa foi hospitalizado há cerca de um mês, mas a doença só foi diagnosticada recentemente, já depois da morte.
A Febre Hemorrágica Crimeia-Congo é uma doença viral infectocontagiosa que se transmite através da picada de uma carraça.
Segundo a Direção-Geral da Saúde afirma que “não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa” e que este se tratou de um caso “raro e esporádico”.
Adianta que o vírus que causa a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo “não foi detetado, até agora, em carraças na rede de vigilância entomológica REVIVE”, pelo que o risco para a população é reduzido. Ainda assim, será reforçada a recolha de carraças naquele distrito para análise.
Em comunicado, a DGS diz ainda que as autoridades de saúde não identificaram contactos deste idoso com eventuais sintomas nem casos adicionais da doença.
Recorde-se que o vírus foi detetado pela primeira vez na Crimeia e está presente em África, no Médio Oriente e na Ásia e há dois anos tinha sido detetado também em Espanha. Sendo este o primeiro caso em Portugal, pelo menos, nas últimas décadas.
De referir ainda que o contacto com veados, cabras e javalis que transportam a carraça, está na origem do contágio para as pessoas, que também podem transmitir entre si através do sangue, saliva e outros fluídos.
A doença provoca sintomas como hemorragias, tonturas, náuseas, vómitos, e podendo ainda afetar o fígado, provocando insuficiência hepática.
Jornalista: Rita Teixeira