Face ao incêndio que afetou o concelho durante três dias (com começo no dia 10 de agosto), o município de Miranda do Douro pede ajudas ao Governo para ajudar a suportar e a minimizar os estragos provocados.

Em declarações à agência Lusa, Nuno Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, revelou que “dos prejuízos causados pelo incêndio que teve início no concelho vizinho de Vimioso no passado dia 10 e se alastrou às freguesias de Cicouro e São Martinho de Angueira, os principais setores afetados foram a apicultura, floresta, soutos e lameiros entre outras culturas, o que deixou os proprietários em sufoco”.

O setor apícola também registou danos, com cerca de 230 apiários afetados, segundo avança a agência Lusa. “Estes dados foram fornecidos por várias associações de produtores e pelo levantamento feito pelas juntas de freguesia e pelo próprio município. Gostaríamos, agora, que a tutela olhe-se para estes números com seriedade para assim se poder apoiar quem perdeu os seus rendimentos”, adiantou o autarca.

Desta forma, a autarquia mirandesa enviou para as secretarias de Estado da Agricultura e das Florestas o relatório dos prejuízos e está agora a aguardar uma visita às zonas afetadas.

SOBRE O INCÊNDIO

O alerta foi dado por volta das 19h10 do dia 10 de agosto, sábado, nas aldeias de Caçarelhos e Angueira. Às 6h00 da manhã, do dia seguinte, já tinha sido dado como dominado, no entanto, ao início da tarde, sofreu uma reativação, tendo chegado a ameaçar algumas habitações.

A situação, que decorreu durante três dias, mobilizou cerca de 600 operacionais e 17 meios aéreos sendo que, só neste incêndio foram consumidos 1.470 hectares de floresta, mato e áreas agrícolas.

Jornalista: Lara Torrado

Foto: CM Miranda do Douro

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