Pedido é motivado pelo corte de trânsito no IP4, no troço entre os nós de Ansiães (Amarante) e Campeã (Vila Real) e que segundo a Infraestruturas de Portugal (IP) a intervenção necessária para resolver a situação vai ter alguma “morosidade”.
Entre os anos de 2010 e 2013, o IP 4 sofreu obras de transformação que possibilitaram a extensão da A4 pela região de Trás-os-Montes e Alto Douro, tendo todo o seu percurso sido transformado em autoestrada, à exceção de dois troços.
Um deles é o que inclui o atravessamento da Serra do Marão pelo Alto de Espinho e a Variante de Vila Real, que atualmente serve de alternativa gratuita à chamada “Auto-Estrada do Marão”- nome pelo qual é conhecida a A4, entre Padronelo e Vila Real, que atravessa a serra através do Túnel do Marão, inaugurado em maio de 2016.
“Entretanto no passado dia 21 de março, o trânsito no IP4, no troço entre os nós de Ansiães (Amarante) e Campeã (Vila Real), foi cortado nos dois sentidos, após terem sido identificados danos estruturais numa passagem hidráulica localizada ao quilómetro 77”, expõe o partido, em comunicado enviado à redação do Canal N.
Segundo o Chega, a Infraestruturas de Portugal (IP) informou que a intervenção necessária para resolver essa situação vai ter alguma morosidade, derivado da invocada complexidade dos trabalhos a realizar, sendo de lamentar que até à presente data não exista quaisquer informações sobre o tempo e o cronograma da intervenção.
Como alternativa, a IP sugeriu a utilização da Estrada Nacional 15 (EN15), que tem um traçado paralelo ao troço do IP4 agora interditado à circulação automóvel.
Mas o partido liderado por André Ventura recorda que a EN15 foi a primeira estrada de ligação Porto-Bragança, que ficou conhecida popularmente como “Voltinhas do Marão” entre Gondar e a Pousada do Marão, com um percurso muito mais sinuoso, demorado e que provoca muito maior consumo e desgaste nas viaturas.
O Túnel do Marão, inserido na Autoestrada 4 (A4), também é uma opção, embora sujeita ao pagamento de portagens, sendo que os automobilistas poderão circular com mais segurança e rapidez face à alternativa da EN15.
Perante este facto, dado que fez dia 21 de maio dois meses que o trânsito foi cortado junto do Alto de Espinho, tem vindo a crescer um sentimento de indignação na população, com um revelado impacto na imprensa local e regional e nas redes sociais.
“Perante o facto de não existir qualquer tipo de informação da IP sobre o tipo de intervenção e o calendário de trabalhos, considera o Partido Chega, que é da mais elementar justiça a suspensão do pagamento da portagem no túnel do Marão, enquanto se mantiver a interdição do trânsito, por forma a não onerar as famílias, trabalhadores e empresários locais, quer em tempo, quer em custos de deslocação”, lê-se.
Assim, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentalmente aplicáveis, os Deputados do Grupo Parlamentar do CHEGA, recomendam ao Governo que “proceda à suspensão do pagamento da taxa de portagem no troço do Túnel do Marão enquanto se mantiver o corte de trânsito no IP4, no troço entre os nós de Ansiães (Amarante) e Campeã (Vila Real)”.
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