Ontem, 11 de abril, Joaquim Miranda Sarmento, ministro de Estado e das Finanças, assumiu como principal prioridade a redução da carga fiscal suportada pelas famílias e empresas, com particular atenção aos jovens até aos 35 anos, que passarão a pagar menos dois terços de IRS face à atual situação.

Num discurso na Assembleia da República, no debate sobre o Programa do Governo, o titular da pasta das Finanças lembrou o “elevado esforço fiscal” que recai sobre os portugueses e que os “impede a criação de riqueza, atração de investimento, geração de emprego e melhores salários”.

Promovendo essa valorização salarial, o Governo propõe avançar com uma taxa máxima de IRS de 15% (com exceção do último escalão) para os jovens até aos 35 anos, o que significa que os “nossos jovens irão pagar menos 2/3 de IRS face à sua situação atual”. 

Esta descida que não se aplica apenas aos mais novos. “Vamos dar prioridade, dentro da margem orçamental que exista nestes quatro anos, a reduzir as taxas de imposto no IRS”, referiu o ministro.

De relembrar que, na abertura do debate parlamentar, Luís Montenegro avançou que o Governo aprovará, já na próxima semana, uma alteração ao Código do IRS, “introduzindo uma descida das taxas de IRS sobre os rendimentos até ao 8.º escalão” – o que “vai perfazer uma diminuição global de cerca de 1500 milhões de euros nos impostos do trabalho dos portugueses, especialmente sentida na classe média”. 

Jornalista: Lara Torrado

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